Erro médico pode ter custado vida a jovem de 15 anos
- Monica Stahelin
- há 6 horas
- 2 min de leitura

Jake Lawler, jovem de 15 anos, faleceu a 5 de novembro de 2024 depois de desmaiar durante uma partida de futebol na escola, em Trafford. De acordo com um relatório da médica legista Alison Mutch, do Tribunal do Sul de Manchester, o jovem poderia estar vivo se o seu estado clínico tivesse sido corretamente avaliado pelos profissionais de saúde que o assistiram.
Diagnóstico incorreto e sinais ignorados
Inicialmente diagnosticado com asma induzida pelo exercício, Jake havia desmaiado no fim de semana anterior ao seu falecimento, durante outro jogo de futebol. Apesar de ter perdido os sentidos por um curto período, foi levado ao hospital pelo pai, onde lhe foi realizado um electrocardiograma. O exame revelou uma anomalia — uma inversão da onda T —, sinal potencialmente associado a doenças cardíacas. Contudo, os médicos não reconheceram a gravidade do resultado nem encaminharam Jake para uma avaliação pediátrica especializada.
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A médica legista considerou que o episódio prévio de colapso, aliado aos resultados do ECG, deveria ter motivado exames complementares e uma observação hospitalar mais rigorosa. O relatório sublinha que o colapso de Jake foi, de forma errada, atribuído exclusivamente à asma, desvalorizando sinais que indicavam uma condição cardíaca subjacente.
Falhas identificadas obrigam a resposta das autoridades de saúde
O exame post-mortem revelou que Jake sofria de uma doença genética rara e não diagnosticada, capaz de enfraquecer o músculo cardíaco, condição que terá sido a verdadeira causa da morte. A médica legista foi perentória: "É provável que não tivesse morrido naquele dia se as ações corretas tivessem sido tomadas."
O relatório foi encaminhado ao centro de saúde do jovem e ao Secretário de Estado da Saúde e Cuidados Sociais, que têm até 4 de julho para responder. O Manchester University NHS Foundation Trust, entidade responsável pelo hospital que prestou assistência a Jake, tem até 30 de maio para submeter um plano de medidas à médica legista.
Em comunicado ao Manchester Evening News, um porta-voz do NHS Foundation Trust expressou pesar pela morte de Jake: “Queremos reiterar as nossas mais profundas condolências à família e amigos de Jake neste momento extremamente difícil. Lamentamos que os cuidados prestados não tenham correspondido aos padrões elevados a que aspiramos. Estamos comprometidos em analisar cuidadosamente as conclusões da médica legista e em implementar medidas que reforcem a segurança e qualidade dos cuidados prestados aos nossos utentes.”
M.S.
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