Atentado em escola na Suécia: 11 mortos e polícia desmente rumores
- Monica Stahelin
- 5 de fev.
- 2 min de leitura

A tragédia ocorrida em Orebro, na Suécia, onde um tiroteio no campus da escola Campus Risbergska deixou pelo menos 11 mortos, incluindo o atirador, foi considerado pelo primeiro-ministro como o mais grave tiroteio da história do país. O número de vítimas poderá ainda aumentar, já que as autoridades continuam a investigar o caso.
Detalhes do ataque e investigação em curso
O incidente aconteceu na tarde de terça-feira, após o término de um exame nacional, quando muitos estudantes já haviam ido para casa. O Campus Risbergska, situado nos arredores de Orebro, a cerca de 200 quilómetros a oeste de Estocolmo, oferece cursos de educação primária e secundária para adultos, aulas de sueco para imigrantes, programas de formação profissional e apoio a pessoas com deficiência intelectual.
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O ministro da Justiça, Gunnar Strömmer, descreveu o tiroteio como "um evento que abala toda a nossa sociedade". As autoridades ainda não determinaram o número exato de feridos, nem o motivo do ataque. O chefe da polícia local, Roberto Eid Forest, confirmou que o atirador estava entre os mortos e que não havia indicações de que ele tivesse agido em conjunto com outros indivíduos.
A polícia também afirmou que o autor do ataque parece ter agido sozinho e não tinha ligação com atividades terroristas. Uma busca foi realizada na residência do suspeito após o tiroteio, mas as autoridades não divulgaram detalhes sobre o que foi encontrado. A identidade do atirador e o seu possível vínculo com a escola ainda não foram esclarecidos.
Reações oficiais e alerta sobre especulações
Em declarações à imprensa, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, lamentou a tragédia e afirmou que o país está a enfrentar "a pior matança em massa da sua história". Kristersson reforçou que, embora muitas questões permaneçam sem resposta, "o tempo virá em que saberemos o que aconteceu, como isso ocorreu e quais motivações podem ter estado por trás do ataque".
O rei Carl XVI Gustaf também expressou o seu pesar pela tragédia, enviando condolências às famílias das vítimas e elogiando a resposta das forças de segurança e dos serviços de emergência. "É com tristeza e consternação que minha família e eu recebemos as informações sobre esta terrível atrocidade em Orebro", disse o monarca.
As autoridades alertaram ainda para a circulação de "narrativas erróneas" nas redes sociais, sublinhando que, com base nas informações obtidas até o momento, não há indícios de que o ataque tenha sido motivado por ideologias específicas. Este episódio ocorre em meio a uma onda de violência gerada por grupos criminosos, mas atentados fatais em escolas são raros na Suécia, onde o número de mortes em estabelecimentos de ensino entre 2010 e 2022 foi de dez.
O país continua a lidar com questões relacionadas à violência armada, que têm sido exacerbadas pela presença de gangues, e a polícia apela para que as informações sejam baseadas em dados oficiais, evitando especulações nas redes sociais.
M.S.
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