Huambo: Defesa propõe acordo e MP pede 15 anos de prisão
- Monica Stahelin
- 11 de mar.
- 2 min de leitura

Seis cidadãos angolanos estão a ser julgados no Tribunal Provincial do Huambo, acusados de terem preparado atentados terroristas durante a visita do antigo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Angola, em 2024. No arranque do julgamento, ocorrido na segunda-feira, 10 de março, a defesa dos réus apresentou ao tribunal uma proposta de acordo com a justiça, com o objetivo de obter benefícios legais em troca de cooperação. Por sua vez, o Ministério Público (MP) pediu uma pena de até 15 anos de prisão para os réus, acusando-os de vários crimes graves.
Acusação e elementos apresentados pelo Ministério Público
O Ministério Público acusa os seis réus de crimes como associação terrorista, posse de substâncias tóxicas, posse de explosivos e falsificação de documentos. Avelino Sandália Kapessa, representante do MP, afirmou que existem diversos elementos que sustentam a acusação, mencionando que os réus desistiram de prosseguir com o plano devido ao forte aparato de segurança na cidade alta e ao uso de materiais obsoletos.
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A acusação sustenta que o grupo, liderado por um cidadão que se autodenomina presidente do movimento revolucionário "Furoa", tinha como objetivo realizar várias explosões em pontos estratégicos, como a estação de processamento de petróleo de Luanda, o edifício presidencial, o parlamento, a representação diplomática dos EUA, o hotel de luxo Intercontinental, a central elétrica do Huambo, a sede do canal SIC e os depósitos de combustível da Sonangol. O plano estava inicialmente agendado para a visita de Biden a Angola, em outubro de 2024.
Defesa e possibilidade de acordo
A defesa dos seis acusados, liderada por Oliveira Nasso, advogado do gabinete de David Mendes, manifestou-se no início do julgamento pedindo ao tribunal a possibilidade de um acordo com a justiça. A defesa argumenta que, ao colaborar com as autoridades, os réus poderiam beneficiar de uma redução de pena, sugerindo a possibilidade de uma delação premiada. Nasso expressou confiança no desenvolvimento do caso, afirmando que os réus aguardam o desfecho do julgamento com serenidade e tranquilidade.
"Sobre o acordo de delação premiada, estamos tranquilos e serenos quanto ao desfecho desse julgamento", afirmou o advogado, destacando que os réus estão dispostos a colaborar, o que poderia influenciar positivamente o julgamento.
M.S.
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