Incêndio em lar da Misericórdia em Mirandela faz mais uma vítima
- Monica Stahelin
- há 9 horas
- 2 min de leitura

Uma residente do lar Bom Samaritano, administrado pela Santa Casa da Misericórdia de Mirandela, morreu esta noite no hospital, aumentando para sete o total de óbitos provocados pelo incêndio ocorrido no último sábado naquela instituição.
A idosa estava internada desde o dia do incêndio, em consequência da inalação de fumo, tendo desenvolvido complicações graves que culminaram no seu falecimento.
Internamento e evolução clínica da vítima
De acordo com o provedor da Misericórdia de Mirandela, Adérito Gomes, a senhora foi inicialmente internada nos cuidados intensivos do hospital de Bragança em estado grave. Após vários dias naquela unidade, e embora tenha deixado os cuidados intensivos, a utente permaneceu hospitalizada devido ao seu estado debilitado. A morte aconteceu durante a noite, deixando a comunidade local profundamente entristecida. O incêndio, ocorrido no lar Bom Samaritano, causou também a morte imediata de seis pessoas, das quais três foram carbonizadas e as outras três faleceram devido à inalação de fumo.
Além das vítimas mortais, o incidente provocou ainda a hospitalização de dois utentes no hospital de Mirandela, também devido à inalação de fumo, enquanto outras 25 pessoas sofreram ferimentos de diversa gravidade. O impacto emocional e social deste acidente tem sido sentido com intensidade na região, onde familiares, amigos e funcionários do lar lamentam a tragédia.
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Investigação e medidas em curso
A Procuradoria-Geral da República confirmou a abertura de um inquérito para apurar as causas do incêndio. As primeiras investigações apontam para um curto-circuito num colchão anti-escaras elétrico como origem do fogo. O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária, que procura esclarecer todas as circunstâncias que rodearam o incidente, nomeadamente a eventual responsabilidade por falhas na segurança e no equipamento utilizado.
Paralelamente, o Instituto da Segurança Social (ISS) confirmou ter iniciado um processo de averiguação para analisar a situação do lar e assegurar que todos os protocolos de segurança e cuidados aos utentes foram devidamente cumpridos. Esta tragédia suscitou também um debate mais alargado sobre as condições de segurança e vigilância nos lares de idosos em Portugal, reforçando a necessidade de medidas que previnam futuros incidentes.
M.S.
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