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Lula rebate pedido de anistia de Bolsonaro durante viagem à Ásia

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Lula rebate pedido de anistia de Bolsonaro durante viagem à Ásia ©Pedro Ladeira/Folhapress

Em sua última agenda na Ásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a comentar o pedido de anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro, rebatendo as alegações de que o ex-mandatário estaria buscando perdão por supostos atos golpistas. A declaração foi dada na tarde deste sábado (29), pelo horário local, durante uma conversa com a imprensa no encerramento do Seminário Empresarial Brasil-Vietnã.


Críticas a Bolsonaro e seus advogados

Lula criticou a postura dos advogados de Bolsonaro, afirmando que, ao pedir anistia, estariam tratando o ex-presidente como culpado sem, contudo, ter sido condenado. “É impressionante que os advogados do cidadão que está pedindo anistia não digam para ele que primeiro eles vão absolver o cidadão, que se absolver, não tem anistia. Mas eles já estão tratando como se ele fosse culpado”, declarou. O presidente ainda sugeriu que Bolsonaro, "no subconsciente", sabe das "bobagens" que cometeu e, por isso, não se defende adequadamente.


Lula minimiza a importância do tema da anistia

Apesar da polêmica gerada pela fala, Lula minimizou a importância do tema e afirmou que o pedido de anistia não é uma questão central para o governo. "A anistia não é um tema principal para ninguém, a não ser para quem está se culpabilizando", afirmou. Ele também garantiu que não discutiu o tema com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que o acompanham na viagem à Ásia. “Você acha que eu iria convidar o presidente da Câmara e o presidente do Senado para discutir, a 11 mil metros de altura, problemas que posso discutir em terra?”, indagou, ressaltando que conversaria com os parlamentares sobre outras questões quando retornasse ao Brasil.


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Processo contra Bolsonaro e seus aliados

Jair Bolsonaro, ex-presidente, tornou-se réu no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022. A decisão foi tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira (26), após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar uma denúncia com indícios de crimes relacionados ao movimento golpista. Além de Bolsonaro, sete aliados também foram acusados de integrar o "núcleo crucial" de uma organização criminosa com o objetivo de destruir a democracia.


Projeto de anistia em pauta no Congresso

Após a decisão do STF, Bolsonaro se defendeu, alegando que as acusações são infundadas, e criticou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além de questionar o sistema eleitoral brasileiro. O ex-presidente tem defendido publicamente um projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, movimento que resultou em depredações no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto.


Atualmente, o projeto de anistia está parado no Congresso Nacional, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já sinalizou que não há interesse em avançar com a proposta, afirmando que o tema não é uma “pauta das ruas”.


B.N.


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