Passageiros da Virgin Atlantic ficam presos em base militar
- Beatriz S. Nascimento
- 5 de abr.
- 2 min de leitura

Passageiros do voo VS358 da Virgin Atlantic, que partiu de Londres Heathrow com destino a Mumbai, foram deixados numa base militar em Diyarbakir, na Turquia, por mais de 24 horas após uma emergência médica a bordo. O avião foi forçado a fazer um desvio para uma aterragem de emergência na tarde de quarta-feira, 2 de abril, devido a uma passageira que ficou doente. No entanto, a falta de infraestruturas adequadas para aeronaves comerciais na base militar agravou ainda mais a situação, causando um problema técnico no Airbus, o que impediu o voo de prosseguir.
Emergência a bordo e desvio para Diyarbakir
De acordo com testemunhos de passageiros, a situação dentro da aeronave tornou-se alarmante. "Ficou tão assustador para os outros passageiros que o capitão decidiu desviar a aeronave para que a mulher pudesse receber ajuda médica. Não era seguro continuar até à Índia", relatou um dos passageiros ao The Sun. A decisão de desviar o voo foi tomada para garantir a segurança da mulher, mas os passageiros não estavam cientes das dificuldades que enfrentariam após a aterragem.
A base militar de Diyarbakir não está preparada para receber voos comerciais, o que resultou numa série de complicações para os passageiros. Após a aterragem, todos foram informados de que deveriam desembarcar da aeronave, mas foram obrigados a deixar para trás as suas malas de mão com itens essenciais. Os mais de 200 passageiros ficaram retidos no hangar da base, onde foram atendidos com raciones limitadas e enfrentaram condições precárias, sem saber quando poderiam continuar a sua viagem.
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Condições difíceis e apelo de passageiros
Além disso, a situação foi ainda mais difícil para alguns passageiros em situações vulneráveis. Um dos relatos mais emocionantes veio de uma mulher grávida de quatro meses, que pediu ajuda nas redes sociais dizendo: "Estou sem comida. Só deram arroz. Todos estão a sofrer. Por favor, ajudem-nos." Outras pessoas, incluindo passageiros com diabetes e crianças pequenas, também se viram em dificuldades, e muitos passaram horas sem alimentação adequada, o que gerou grande indignação entre os envolvidos.
A Virgin Atlantic explicou que o problema foi exacerbado por questões relacionadas com vistos, que impediram os passageiros de saírem da base militar. A companhia aérea, no entanto, garantiu que estava a tomar todas as medidas possíveis para resolver a situação. Foi informado que estavam a ser providenciados vistos de emergência para 24 horas, e os passageiros foram finalmente transferidos para hotéis nas imediações.
Em comunicado, a Virgin Atlantic pediu desculpas pelos transtornos causados e reafirmou o seu compromisso com a segurança e o bem-estar dos seus clientes. "A segurança dos nossos clientes e da nossa tripulação é a nossa maior prioridade", disse um porta-voz. A companhia revelou que estava a realizar inspeções técnicas rigorosas na aeronave para garantir que o problema fosse resolvido. Além disso, a empresa está a explorar alternativas, incluindo a possibilidade de enviar um avião substituto de um aeroporto próximo para garantir que os passageiros cheguem a Mumbai o mais rápido possível.
B.N.
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