Revisão de segurança do Carnaval de Notting Hill exigida
- Monica Stahelin
- 23 de abr.
- 2 min de leitura

Após a polícia ter alertado sobre o risco de uma tragédia devido à elevada densidade de público, foi exigida uma revisão das medidas de segurança no Carnaval de Notting Hill. O evento, que atrai cerca de dois milhões de pessoas todos os anos, tem sido marcado por vários incidentes de multidão, com a polícia sendo chamada para intervir em várias ocasiões, a fim de “salvar vidas”.
Incidentes de multidão causam preocupações
Em 2024, as autoridades relataram que houve mais de 100 incidentes espontâneos causados pela superlotação. Em determinados momentos, a densidade das multidões foi tão alta que os agentes não conseguiam alcançar as zonas mais críticas, onde havia pessoas em perigo. Segundo o comissário assistente da Polícia Metropolitana, Matt Twist, em alguns pontos os participantes estavam sendo “erguidos para a estrutura de andaimes à beira da estrada” para escapar da situação perigosa.
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A polícia metropolitana expressou preocupação sobre o risco de uma “catástrofe em massa” e pediu uma revisão detalhada das condições de segurança e controle de público para o evento de 2025. A revisão é vista como essencial para garantir uma gestão adequada das multidões e um número suficiente de seguranças, de modo a evitar novos incidentes graves. A principal recomendação do relatório da comissão de polícia e crimes da Assembleia de Londres é que o prefeito Sadiq Khan encomende uma análise minuciosa das zonas de maior risco e defina orientações claras sobre a quantidade mínima de seguranças necessários no evento.
Violência e superlotação agravam a situação de segurança
Embora o relatório tenha solicitado ações imediatas para melhorar a segurança no evento, a revisão pedida ao prefeito de Londres terá um prazo de um ano para ser concluída, o que significa que alterações significativas não serão implementadas para o Carnaval de 2025.
A situação foi ainda mais alarmante com os trágicos incidentes de violência ocorridos durante o evento de 2024, que resultaram em dois homicídios. O caso de uma mulher assassinada, enquanto estava com a sua filha de três anos, e um chef assassinado perto do local do carnaval, aumentaram as preocupações quanto à segurança, especialmente devido à combinação de violência e superlotação.
A Notting Hill Carnival Ltd, responsável pela organização do evento, tem reiterado que o controle das multidões não é da sua responsabilidade, alegando que não reconhece situações em que a polícia precisou intervir para controlar as multidões. Por outro lado, as autoridades apelam a uma maior colaboração para garantir que o evento seja seguro para todos os participantes.
M.S.
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