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Cidadão Português Assassinato na Matola: Autores Confessos

Imagem de inteligência artificial do martelo da lei em cima de mesa de madeira
Cidadão Português Assassinato na Matola: Autores Confessos © Freepik

A Polícia da República de Moçambique (PRM) revelou, nesta segunda-feira, que o agente de segurança e o motorista são os responsáveis confessos pelo assassinato do cidadão português José Pedro da Silva, ocorrido na sexta-feira, 2 de maio, na cidade da Matola, província de Maputo.


Versão Inicial Desmentida pelas Investigações

Em conferência de imprensa realizada hoje, 6 de maio, em Maputo, o porta-voz do Comando-Geral da PRM, Leonel Muchina, esclareceu que a versão inicialmente divulgada, que indicava uma tentativa de rapto, foi desmentida pelas investigações subsequentes.

“Não houve qualquer tentativa de rapto, como anteriormente avançado pelas autoridades. Através das investigações e reconstituição dos factos, em coordenação com o Serviço Nacional de Investigação Criminal \[SERNIC], ficou claro que o agente de segurança e o motorista da vítima estiveram diretamente envolvidos na execução do crime”, afirmou Muchina.

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Detalhes do Crime e Confissões dos Suspeitos

De acordo com o porta-voz da PRM, os dois suspeitos confessaram a execução material do assassinato, que culminou no baleamento de José Pedro da Silva. Durante a reconstituição do crime, as autoridades descobriram que, ao contrário do que havia sido inicialmente reportado, não foram encontrados estilhaços de vidro na viatura da vítima, o que refuta a hipótese de que o vidro do veículo tenha sido quebrado por meliantes de fora. Um vidro quebrado foi encontrado no chão, mas, segundo os investigadores, este aparenta ter sido impulsionado de dentro para fora da viatura.


Além disso, no interior do veículo, foi encontrada uma cápsula de munição de pistola, sem qualquer projétil caído no chão, o que contraria a versão inicial dos suspeitos, que afirmaram que o disparo teria sido feito de fora para dentro com uma arma do tipo AK-47.


Motivo do Crime: Roubo e Dinheiro da Empresa

A versão dos suspeitos inicialmente detidos apontava para uma perseguição por parte dos criminosos, que, de acordo com os relatos, teriam bloqueado a viatura da vítima com duas viaturas, uma BMW preta e uma Ford Ranger. No entanto, após as interrogações, o motorista admitiu que o disparo foi efetuado pelo segurança, enquanto ambos estavam no interior do veículo, e não de fora, como havia sido dito inicialmente.


Após o disparo, os dois suspeitos, o agente de segurança e o motorista, levaram José Pedro da Silva até um parque de uma empresa, onde procederam à troca da viatura e recarregaram a arma. Segundo as declarações mais recentes dos indiciados, os dois suspeitos recolheram dinheiro nas sucursais da empresa SoTubos, localizadas na Praça dos Combatentes e no Zimpeto, em Maputo, antes de se deslocarem para a sucursal no bairro da Machava, na Matola, onde executaram o crime com a intenção de roubar a quantia de dinheiro.


Neste momento, as autoridades continuam a realizar diligências para garantir a responsabilização dos autores do crime, que já se encontram detidos. José Pedro da Silva, com 41 anos, era filho de Alberto Silva, ex-presidente do Sporting de Braga, e, em 2019, foi designado como embaixador do clube para a região da África Austral.


M.S.


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