Ex-deputado britânico junta-se à Legião Ucraniana contra Putin
- Beatriz S. Nascimento
- 2 de fev.
- 3 min de leitura
Jack Lopresti, antigo deputado do Partido Conservador britânico, que perdeu o seu assento nas eleições gerais do ano passado, juntou-se à Legião Internacional da Ucrânia para apoiar a luta contra a Rússia de Vladimir Putin. O ex-deputado, que foi vice-presidente do Partido Conservador, representou a circunscrição de Filton e Bradley Stoke, em Gloucestershire, antes de se mudar para Kiev, onde atualmente utiliza as suas habilidades em apoio à guerra em curso.
Apoio militar e diplomático na Ucrânia
Lopresti, que já havia visitado a Ucrânia enquanto deputado e defendido no Parlamento o envio de mais ajudas para apoiar os esforços do presidente Volodymyr Zelensky contra a Rússia, serviu também na Reserva do Exército Britânico como sargento. Após perder o seu lugar em julho, durante o impacto eleitoral do Partido Conservador em todo o Reino Unido, o ex-deputado viajou para a Ucrânia em novembro com o objetivo de apoiar uma organização de caridade, mas revelou à *The Independent* que a sua intenção sempre foi juntar-se à Legião Internacional desde o início.
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Atualmente com 55 anos, Lopresti não faz parte de uma unidade de infantaria da linha de frente, mas está a desempenhar funções de apoio, incluindo trabalho nas relações exteriores, diplomacia, aquisição de armamento e apoio a veteranos e outras organizações de caridade que operam na Ucrânia. "Estou baseado em Kiev, mas viajo constantemente por toda a Ucrânia", contou ele, mencionando as suas visitas recentes às cidades de Kharkiv e Poltava, no leste do país.
A luta pela liberdade global e as consequências para o futuro
Lopresti destacou que considera uma enorme honra e privilégio servir nas forças armadas ucranianas, sublinhando que a luta não é apenas pela liberdade da Ucrânia, mas também pela liberdade do mundo ocidental. "Se Putin vencer na Ucrânia, todos sabemos que ele não vai parar por aí", alertou, referindo-se ao perigo de ditadores não derrotados. O ex-deputado britânico também fez referência à crescente aliança de regimes autoritários, como a China, o Irão e a Coreia do Norte, frisando que a vitória da Ucrânia é essencial para a segurança global.
Quase três anos após o início da invasão russa a 24 de fevereiro de 2022, Lopresti afirmou que o espírito de luta entre os ucranianos continua forte. "A moral está alta. Há um sentimento muito resoluto", disse.
Com a possibilidade de Donald Trump tentar negociar o fim rápido do conflito, Lopresti manifestou otimismo em relação ao que possa surgir da administração dos EUA. Além disso, uma recente mudança legislativa na Ucrânia permite que estrangeiros se tornem oficiais nas forças armadas do país, o que pode tornar Lopresti um dos primeiros a alcançar essa posição, embora ele tenha indicado que o seu processo de qualificação ainda está em andamento.
Riscos e legalidade para voluntários estrangeiros
Apesar de o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico ter alertado para a ilegalidade de se juntar à Legião Internacional ucraniana, ainda não está claro se a legislação se aplica a voluntários não-combatentes. Embora a legislação não tenha sido aplicada até agora, com muitos britânicos a servirem no conflito, a situação continua a ser arriscada, com voluntários britânicos já tendo sido mortos ou capturados pelos russos.
B.N.
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