Joe Biden enfrenta cancro da próstata com metástases ósseas
- Monica Stahelin
- há 2 dias
- 3 min de leitura

O antigo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de 82 anos, foi diagnosticado com um cancro da próstata agressivo que já se espalhou para os ossos, revelou este domingo o seu gabinete, numa declaração oficial.
De acordo com o comunicado, Biden recorreu a cuidados médicos na semana anterior após apresentar sintomas urinários contínuos. Após exames complementares, foi confirmada a presença de um nódulo prostático, sendo-lhe diagnosticado cancro da próstata com uma pontuação Gleason de 9 em 10 – indicador de uma forma altamente agressiva da doença.
Apesar da gravidade, os médicos indicam que o tumor é sensível a hormonas, o que poderá permitir um controlo eficaz da progressão da doença com terapias adequadas. A família Biden encontra-se a avaliar as opções de tratamento.
“Embora esta seja uma forma mais agressiva de cancro, o tumor é sensível a hormonas, o que possibilita uma gestão eficaz do caso”, lê-se na nota oficial divulgada pelo gabinete do antigo presidente.
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Apoio bipartidário e mensagens de solidariedade
A notícia do diagnóstico gerou uma onda de solidariedade dentro e fora dos Estados Unidos. O actual Presidente, Donald Trump, expressou na sua rede social "Truth Social" estar “entristecido” com o diagnóstico de Biden e desejou “uma recuperação rápida e bem-sucedida”.
Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, partilhou palavras de encorajamento, lembrando que Biden “é um lutador” e que enfrentará este desafio com “a força e resiliência que sempre marcaram a sua liderança”.
O ex-presidente Barack Obama, com quem Biden trabalhou entre 2009 e 2017, também manifestou o seu apoio: “Ninguém fez mais por encontrar tratamentos inovadores contra o cancro do que Joe. Estamos a torcer por uma recuperação rápida e completa”.
O Primeiro-Ministro britânico, Keir Starmer, juntou-se às mensagens de apoio, desejando ao ex-presidente “um tratamento rápido e bem-sucedido”.
Diagnóstico e historial de saúde
A doença foi identificada quase um ano após Biden ter deixado oficialmente a corrida presidencial de 2024 devido a preocupações com a sua saúde e idade avançada. A decisão foi tomada após duras críticas à sua performance em um debate televisivo contra Donald Trump, o que resultou na sua substituição por Kamala Harris como candidata do Partido Democrata.
Joe Biden sempre teve um papel ativo na luta contra o cancro. Em 2016, foi nomeado por Obama para liderar a iniciativa “Cancer Moonshot”, com o objetivo de acelerar a investigação oncológica. Em 2022, Biden e a primeira-dama relançaram o programa, visando prevenir mais de quatro milhões de mortes por cancro até 2047.
A batalha contra a doença é igualmente pessoal para Biden, que em 2015 perdeu o filho mais velho, Beau Biden, em decorrência de um câncer cerebral.
Prognóstico reservado, mas com esperança
Segundo o Dr. William Dahut, da American Cancer Society, a presença de metástases ósseas geralmente indica que o câncer não é mais passível de cura. No entanto, sublinhou que muitos pacientes respondem bem ao tratamento inicial e podem viver vários anos após o diagnóstico.
Espera-se que Biden comece em breve tratamentos hormonais para gerir os sintomas e retardar a evolução da doença.
Desde que deixou o cargo de presidente, Joe Biden tem se mostrado discreto, fazendo poucas aparições públicas. A sua última grande intervenção foi em maio, numa entrevista à BBC, onde falou sobre a decisão “difícil” de abandonar a corrida à presidência.
A saúde de Biden tem estado sob escrutínio público nos últimos meses, mas o ex-presidente sempre negou sinais de declínio cognitivo.
M.S.
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