João Lourenço apela ao cessar-fogo no Leste da RDC
- Beatriz S. Nascimento
- 15 de mar.
- 2 min de leitura

O Presidente de Angola, João Lourenço, fez um apelo público às partes envolvidas no conflito no Leste da República Democrática do Congo (RDC) para que cessem imediatamente as hostilidades, a partir das 00h00 do dia 16 de março de 2025. O apelo, que foi tornado público hoje, visa criar as condições necessárias para um clima de distensão na região. Lourenço sublinhou que o cessar-fogo deve incluir todas as ações hostis contra a população civil e a conquista de novas posições militares, com o objetivo de interromper a violência e promover a paz na zona de conflito. A iniciativa do Presidente angolano também visa evitar que a situação se agrave ainda mais, levando a uma escalada da violência que afetaria não só as comunidades locais, mas também os esforços para estabilizar a região.
Mediação angolana no Processo de Paz e o futuro das negociações
Este apelo surge no contexto dos esforços contínuos de Angola para mediar o conflito no Leste da RDC, com o objetivo de encontrar uma solução pacífica e duradoura. O governo angolano tem desempenhado um papel ativo na mediação do Processo de Paz, no qual foi mandatado pela Cimeira de Malabo, realizada em 28 de maio de 2022, para facilitar as negociações entre a República Democrática do Congo e o grupo M23. A mediação angolana tem sido fundamental na criação de um ambiente que favoreça o diálogo entre as partes em conflito.
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O Presidente João Lourenço afirmou que, com o cessar-fogo em vigor, será possível avançar para as conversações de paz, que deverão ocorrer em Luanda nos próximos dias. Estas negociações são vistas como uma oportunidade crítica para resolver o conflito que há anos afeta a região do Leste da RDC e que já provocou milhares de vítimas e deslocados. O processo de paz, que será facilitado pela mediação angolana, visa não apenas o cessar-fogo imediato, mas também um acordo de longo prazo que possa garantir a segurança, a estabilidade e o bem-estar da população da RDC.
Compromisso da União Africana e apoio à paz regional
A decisão de João Lourenço, enquanto líder da União Africana, também sublinha o compromisso da organização em contribuir para a paz e segurança na África Central e nas áreas afetadas por conflitos prolongados. A mediação angolana é um exemplo de como a diplomacia africana pode atuar para resolver crises regionais, garantindo que as soluções sejam encontradas de maneira pacífica e negociada, sem a necessidade de mais confrontos armados. Angola, que tem sido um ator chave na resolução de conflitos na África Central, continuará a trabalhar para garantir que as negociações de paz sejam um sucesso e resultem num futuro mais pacífico para a RDC e para a região como um todo.
B.N.
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