"Ainda Estou Aqui" faz história e vence o Oscar de Melhor Filme Internacional
- Monica Stahelin
- 3 de mar.
- 2 min de leitura

No domingo, 2 de março de 2025, o Brasil celebrou uma vitória histórica no Oscar, com o filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, conquistando o prêmio de Melhor Filme Internacional. Esta foi a primeira vez que uma produção brasileira recebe uma estatueta na categoria, marcando um feito inédito na história da premiação.
Ao subir ao palco para receber o prêmio, Salles fez questão de dedicar a estatueta a Eunice Paiva, personagem central do filme, interpretada por Fernanda Torres. Emocionado, o diretor afirmou:
“Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande, em um regime autoritário, decidiu não se dobrar e resistir. Esse prêmio vai para ela, o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.”
O longa Ainda Estou Aqui concorreu com outros filmes de destaque, como Emília Pérez, A Semente do Fruto Sagrado, Flow e A Garota da Agulha.
Publicidade
Na entrega do Oscar de Melhor Filme Internacional, a estatueta é atribuída ao país de origem da obra, e não diretamente aos realizadores. Por isso, apesar de Walter Salles ser o responsável por receber o prêmio, a conquista representa uma homenagem à nação que submete o filme à competição.
Fernanda Torres perde o Oscar de Melhor Atriz

Em uma disputa acirrada, Fernanda Torres, que interpretou Eunice Paiva em Ainda Estou Aqui, não conseguiu conquistar o Oscar de Melhor Atriz. A estatueta foi para Mikey Madison, que se destacou em Anora, um filme que mistura comédia romântica e críticas sociais de forma hilária e caótica. No filme, Madison interpreta uma stripper que se envolve com um herdeiro russo, desencadeando uma trama recheada de surpresas e reviravoltas.
A derrota de Torres gerou reações nas redes sociais, com a atriz e outras concorrentes, como Demi Moore, Karla Sofía Gascón e Cynthia Erivo, mostrando suas expressões no momento do anúncio feito por Emma Stone.
Uma tradição familiar: 26 anos após Fernanda Montenegro
A candidatura de Fernanda Torres ao Oscar de Melhor Atriz teve um sabor especial, já que ocorreu 26 anos após sua mãe, Fernanda Montenegro, também ter sido indicada na mesma categoria, pelo filme Central do Brasil, dirigido por Walter Salles. Na edição de 1999, Montenegro perdeu a estatueta para Gwyneth Paltrow, que venceu por sua performance em Shakespeare Apaixonado. A ligação entre mãe e filha no cenário do cinema brasileiro torna este momento ainda mais simbólico, reafirmando a tradição de excelência nas produções nacionais.
O filme Ainda Estou Aqui, adaptação do livro homónimo de Marcelo Rubens Paiva, filho de Eunice, contou com uma direção sensível de Walter Salles, que mais uma vez coloca o Brasil no centro do palco internacional.
M.S.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal da Globe News
Que incrível! O Brasil fez história ao conquistar esse Oscar. É uma grande conquista para todos os brasileiros, o mundo precisa conhecer mais o que nossa cultura tem a oferecer.