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Angola anuncia retirada da mediação no conflito RDC-Ruanda

Litoral da cidade com vários prédios novos na beiramar
Angola anuncia retirada da mediação no conflito RDC-Ruanda © Direitos Reservados

Angola manifestou, nesta segunda-feira, a decisão de se afastar da mediação do conflito no Leste da República Democrática do Congo (RDC), com o objetivo de se dedicar mais amplamente às prioridades da União Africana (UA), nomeadamente na área da paz e segurança no continente africano.


Compromissos alcançados nas negociações de paz

Em comunicado oficial, Angola informou que, em colaboração com a Comissão da União Africana, serão tomadas as providências necessárias para designar um novo país responsável pela mediação entre a RDC e o Ruanda. O comunicado também revela que o novo mediador deverá ser coadjuvado por organizações como a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral) e a Comunidade da África do Leste, além dos facilitadores, para garantir a resolução do conflito.


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O texto detalha ainda o envolvimento de Angola desde que o Presidente João Lourenço foi incumbido pela União Africana de mediar o conflito entre os dois países vizinhos. Angola empenhou-se ativamente para alcançar a paz definitiva na região e normalizar as relações entre a RDC e o Ruanda. Foram feitos progressos importantes nas conversações, incluindo compromissos de ambos os países para a retirada das forças militares de um território disputado e a neutralização de grupos armados, como as FDLR (Forças Democráticas de Libertação do Ruanda).


Mudança de foco para prioridades da União Africana

Em dezembro de 2024, Angola conseguiu organizar uma cimeira que seria decisiva para a resolução do conflito. Contudo, a cimeira foi adiada devido à ausência do Ruanda. Angola também tentou fomentar negociações diretas entre o Governo da RDC e o grupo M23, o que culminou na organização de uma ronda de conversações em Luanda, em março deste ano, mas que foi cancelada devido a fatores externos ao processo.


O comunicado da Presidência da República sublinha que Angola acolhe as ações de outros organismos internacionais e países de boa vontade, desde que estas sejam alinhadas com os mediadores designados e com o Conselho de Paz e Segurança da União Africana.


Agora, com a Presidência da União Africana, Angola acredita que chegou o momento de se afastar da mediação do conflito, para concentrar esforços em outras questões continentais prioritárias, como o comércio livre, o desenvolvimento económico e social, a luta contra epidemias, e a promoção da justiça para os africanos e afrodescendentes.


O processo para encontrar um novo mediador será conduzido pela Comissão da União Africana nos próximos dias, com a colaboração das organizações regionais envolvidas.


M.S.


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