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Aumentos nas tarifas ferroviárias de 4,6% em Inglaterra e País de Gales

Maquina de banco
Aumentos nas tarifas ferroviárias de 4,6% em Inglaterra e País de Gales ©Geoffrey Swaine/Rex/Shutterstock

A partir de domingo, os passageiros de comboios em Inglaterra e País de Gales vão enfrentar um aumento substancial nos preços das tarifas, que irão subir em média 4,6%. Além disso, a maioria dos cartões de comboios terá um aumento de £5. A decisão do governo foi justificada pela necessidade de financiamento para a manutenção da infraestrutura ferroviária, que, segundo as autoridades, se encontra em grave situação financeira.


Esta subida nas tarifas é a segunda vez, desde 2013, que os preços aumentam acima da taxa de inflação. O único outro aumento dessa magnitude ocorreu em 2021, quando a pandemia de Covid-19 teve um impacto devastador nas receitas do setor ferroviário.


Os aumentos afetarão também as tarifas no sistema de metro de Londres e outras linhas ferroviárias na capital, que registam um aumento médio de 4,6%, enquanto as tarifas de autocarros permanecerão congeladas.


Reações às Medidas e Críticas ao Governo

O governo defendeu o aumento, destacando que este representa o aumento absoluto mais baixo nos últimos três anos, comparado com a inflação, que foi muito mais elevada, e que está ligeiramente abaixo do aumento salarial médio de 5,9%. Contudo, a medida gerou críticas, com defensores do transporte público a sublinharem que, se o governo encontra dinheiro para congelar o imposto sobre os combustíveis para os automobilistas, poderia fazer o mesmo para as ferrovias.


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O aumento resultará em custos anuais elevados para os passageiros, com bilhetes de temporada de rotas populares, como Brighton-Londres, a ultrapassarem as £5.000. Já a distância entre York e Leeds verá o custo anual passar dos £3.000, e os passageiros de Canterbury pagarão mais de £7.000 para viajar até Londres.


Além disso, a maioria dos bilhetes com descontos, como para estudantes, famílias e pensionistas, terá um aumento de £5, o que representa quase 17% de subida.


Cerca de metade das tarifas ferroviárias em Inglaterra, incluindo bilhetes de temporada e algumas viagens de longa distância, são fixadas diretamente pelo governo central, enquanto o governo galês seguiu o exemplo do governo de Westminster e também aplicará o aumento de 4,6%. As tarifas na Escócia terão um aumento ligeiramente inferior, de 3,8%, a partir de 1 de abril.


Heidi Alexander, secretária de Transportes, declarou: “Compreendo que os passageiros estejam frustrados com o aumento das tarifas, especialmente considerando os níveis inaceitáveis de atrasos e cancelamentos. Herdámos uma rede ferroviária que não estava em condições e sei que levará tempo para restaurar a confiança, com comboios a chegarem a tempo e no local certo.”

No entanto, Silviya Barrett, do grupo Campaign for Better Transport, afirmou que este aumento é “mais um golpe”, criticando ainda o aumento do preço dos cartões de desconto, que tinham sido protegidos até agora. Alex Robertson, da Transport Focus, destacou a discrepância entre os preços dos bilhetes e o serviço que os passageiros esperam receber, apelando a uma mudança nesse sentido. Por sua vez, Bruce Williamson, do Railfuture, lamentou que, com a mudança de governo, os passageiros continuam a ser penalizados, defendendo que, se o governo pode congelar os impostos sobre os combustíveis, também deveria congelar as tarifas ferroviárias.


B.N.


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