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Banco Central do Brasil Eleva Juros para 14,25%, Maior Alta Desde Dilma

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Banco Central do Brasil Eleva Juros para 14,25%, Maior Alta Desde Dilma © Reuters/Adriano Machado

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil decidiu, nesta quarta-feira (19), elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 13,25% para 14,25%. A medida, que foi tomada de forma unânime, marca o maior patamar da taxa desde a crise econômica durante o governo de Dilma Rousseff, em 2015 e 2016, quando a Selic também atingiu 14,25%. Esse aumento é o quinto consecutivo, refletindo a preocupação da instituição com a inflação num cenário de economia aquecida.


Inflação e Economia Aquecida Motivos para o Aumento

A alta da Selic visa controlar a inflação, que permanece acima da meta estabelecida pelo Banco Central. De acordo com o comunicado emitido pelo Copom, o aumento foi necessário devido à continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, que está pressionada por fatores como a resiliência do nível de atividade, um mercado de trabalho aquecido, o aumento dos gastos públicos e um cenário internacional desafiador, especialmente no que diz respeito ao impacto sobre o dólar.


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O Copom também indicou que, embora um novo aumento de juros seja possível na próxima reunião, marcada para 6 e 7 de maio, a tendência é que este ajuste seja de menor magnitude, caso o cenário atual se mantenha.


Com o aumento da Selic, o custo do crédito também sobe, impactando diretamente a população que depende de empréstimos bancários e financiamentos. A taxa de juros é um dos principais instrumentos utilizados pelo Banco Central para controlar a inflação e estabilizar a economia, mas também pode resultar em maior dificuldade de acesso ao crédito para consumidores e empresas.


Reações e Expectativas para o Futuro

O aumento da Selic não gerou grande surpresa entre os analistas, sendo uma medida prevista devido ao atual contexto econômico. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou o impacto da decisão, afirmando que o aumento já estava no radar desde o final do ano passado, quando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, havia antecipado essa possibilidade. Haddad preferiu não comentar a decisão de forma detalhada até a publicação da ata da reunião do Copom.


Essa é a segunda reunião do Copom sob a presidência de Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Galípolo assumiu o cargo em janeiro deste ano e, neste encontro, foi a segunda vez que os diretores indicados pelo governo atual estavam na maioria no colegiado do Banco Central. Desde 2021, a autonomia operacional do Banco Central foi consolidada, permitindo que os diretores da instituição tenham mandato fixo, independentemente da mudança de governo.


O Impacto da Política Monetária no Futuro

Com a taxa de juros elevada, o Banco Central reafirma o compromisso com a meta de inflação de 3% ao ano. No entanto, a persistência de uma inflação alta e o crescimento do PIB, que teve um aumento de 3,4% no ano passado, indicam que os desafios para a política monetária continuarão a ser significativos nos próximos meses. A expectativa é que o BC continue monitorando a economia e, caso a inflação se mantenha, ajustes adicionais podem ser necessários.


M.S.


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