Caso Vitória: Maicol confessa assassinato e afirma ter sido ameaçado
- Monica Stahelin
- 24 de mar.
- 2 min de leitura

Maicol Sales dos Santos, suspeito do assassinato da adolescente Vitória Regina, de 17 anos, confessou ter cometido o crime após ser ameaçado pela vítima. Durante seu depoimento à Polícia Civil, Maicol relatou que ambos haviam ficado juntos uma vez e que Vitória teria afirmado que revelaria o envolvimento deles à esposa dele. Essa confissão, no entanto, foi contestada pela família da vítima, pela perícia e pela defesa, que acredita que Maicol pode ter sido coagido a admitir o crime.
Contradições e inconsistências na versão do suspeito
Vitória sumiu no dia 26 de fevereiro, enquanto retornava do seu emprego. Câmeras de segurança a registraram descendo do ônibus, mas ela nunca chegou em casa. As investigações indicaram que Maicol acompanhava a rotina da adolescente e sabia onde ela estaria. O suspeito confessou que ofereceu uma carona à jovem, e ela teria aceitado espontaneamente. Contudo, ele relatou uma discussão dentro do veículo, durante a qual foi agredido por Vitória e reagiu com golpes de faca.
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A perícia, no entanto, apontou que a vítima foi ferida três vezes, enquanto Maicol alegou ter dado apenas dois golpes. Além disso, não foram encontrados vestígios de sangue nos bancos do carro, apenas uma possível mancha no porta-malas, e a faca, supostamente jogada no rio, nunca foi localizada.
Investigação em andamento e possível envolvimento de outras pessoas
O corpo de Vitória foi encontrado dias depois em um local diferente do que o suspeito havia indicado. Próximo ao local do corpo, a polícia encontrou uma enxada e uma pá, ferramentas que pertencem ao padrasto de Maicol, mas o suspeito não foi questionado sobre elas durante o interrogatório. A defesa de Maicol busca anular sua confissão, alegando que ele foi pressionado e prestou depoimento sem a presença de um advogado. Até o momento, não foram encontrados indícios de coação.
A investigação também sugere que Maicol pode não ter agido sozinho. Em seu celular, foram encontradas cerca de 50 fotos de jovens semelhantes a Vitória, o que levanta mais suspeitas sobre o caso. A família da vítima acredita que outras pessoas podem estar envolvidas.
“Eu quero saber de todos que estavam com ele. Todos. Tenho certeza que não era só um”, declarou o pai de Vitória em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo.
Exames de DNA e próximos passos da investigação
Exames de DNA continuam sendo realizados para confirmar se o sangue e os cabelos encontrados no carro e na casa de Maicol pertencem a Vitória. O inquérito está prestes a ser concluído e será encaminhado à Justiça.
Vitória Regina era uma jovem estudiosa e dedicada, que sonhava em crescer na vida. Seu pai, emocionado, afirmou:
"Ela voltava do serviço para casa e foi assassinada. Sonhava em crescer na vida." A investigação continua, e a família da vítima espera por justiça.
M.S.
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