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Futuro incerto para 500 trabalhadores da Schmidt Light Metal

Grupo Schmidt Light Metal
Futuro incerto para 500 trabalhadores da Schmidt Light Metal © Salomão Rodrigues

O futuro da Schmidt Light Metal, empresa de moldes para a indústria automóvel em Oliveira de Azeméis, é um enigma para os seus 500 trabalhadores. A companhia entrou recentemente em processo de insolvência, mas continua a laborar normalmente. A situação é ainda mais preocupante em meio ao cenário de alta taxa de desemprego no setor automóvel, que tem visto uma série de despedimentos e encerramentos de fábricas.


Produção continua, mas incerteza cresce

Apesar da insolvência declarada, a Schmidt Light Metal mantém-se operacional, com a produção a decorrer como habitual. No interior da fábrica, as máquinas continuam a funcionar e os trabalhadores desempenham as suas funções, mas a inquietação cresce a cada dia. A falta de informações claras sobre o futuro da empresa é uma fonte constante de preocupação.


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Justino Pereira, coordenador do Centro-Norte do SITE – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente, sublinhou que, embora a empresa tenha feito face à crise até agora, com a manutenção de salários e trabalho regular, a incerteza é um factor constante entre os trabalhadores. Pereira acrescentou que a fábrica tem trabalhado “a 100%” e com recurso a horas extraordinárias, mas a ausência de um comprador e a recente insolvência aumentam a tensão.


O setor automóvel e o aumento do desemprego

A insolvência da Schmidt Light Metal surge num contexto em que o setor de fabrico automóvel regista uma alarmante subida do desemprego. Em fevereiro de 2025, o desemprego na área cresceu 31,7%, com 2.524 pessoas a ficarem sem emprego. Esse crescimento acentuado já vinha sendo observado desde janeiro e a falência de mais empresas, como a Schmidt, poderá agravar ainda mais a situação.


As dificuldades enfrentadas pela indústria automóvel não se limitam à Schmidt Light Metal. Outras empresas do setor também têm sido afetadas, como a Yazaki Saltano, que anunciou a intenção de despedir 364 trabalhadores, e a Cablerías Manufacturing, que fechou a sua fábrica em Ovar, deixando 250 operários no desemprego.


Em Arcos de Valdevez, o fecho da Coindu também causou a perda de 350 postos de trabalho. Este cenário tem alimentado o pessimismo entre os trabalhadores da indústria automóvel, que vivem na expectativa de um futuro cada vez mais incerto.


O que parece claro é que o futuro da Schmidt Light Metal depende de uma solução rápida para o processo de insolvência e da procura de um comprador. Enquanto isso, os trabalhadores continuam a aguardar, na esperança de que a fábrica possa evitar o fechamento e manter os postos de trabalho.


M.S.


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