Influenciador é preso por matar ex-namorada e tentar destruir provas
- Beatriz S. Nascimento
- 30 de mar.
- 2 min de leitura

O influenciador digital Antônio Lício Morais da Costa foi preso preventivamente no último sábado (29), após confessar ter assassinado a ex-namorada, a também influenciadora Beatriz dos Anjos Miranda, de 24 anos. O crime ocorreu em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo as investigações, Beatriz foi morta por estrangulamento com o cinto de segurança do carro do suspeito.
Após o homicídio, Lício ateou fogo ao veículo com o corpo da vítima dentro, numa tentativa de apagar vestígios do crime. No entanto, as chamas não se espalharam e os agentes encontraram o corpo de Beatriz ainda dentro do carro, com sinais claros de violência. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o próprio suspeito levou os policiais até o local após confessar o crime na delegacia.
Confissão e motivação do crime
Em depoimento, Lício afirmou que agiu “por impulso” e alegou que Beatriz o teria ameaçado de forma “subliminar”. O crime ocorreu por volta da 1h30 da madrugada, quando os dois estavam no carro do suspeito, próximo à residência da vítima. Segundo o relato, Lício deslocou-se para o banco traseiro do veículo e a estrangulou com o cinto de segurança.
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Após o ataque, ele afirmou ter tentado reanimá-la, acreditando que a ex-namorada apenas tivesse desmaiado. Ao perceber que Beatriz estava morta, decidiu incendiar o carro para tentar eliminar provas. O incêndio, no entanto, não foi suficiente para destruir o corpo nem a cena do crime.
Logo após cometer o feminicídio, Lício foi até sua casa e confessou à mãe o que havia feito. Foi ela quem o convenceu a se entregar à polícia.
Prisão preventiva e antecedentes criminais
Durante a audiência de custódia, a Justiça converteu a prisão em flagrante de Lício em prisão preventiva. Entre os fatores considerados para a decisão, destacam-se:
A confissão do crime pelo suspeito.
O depoimento de testemunhas que confirmam a dinâmica do homicídio.
A gravidade do crime, classificado como homicídio qualificado por meio cruel e feminicídio, nos termos da Lei Maria da Penha.
A tentativa de destruir provas, evidenciada pelo incêndio no veículo.
O risco de impunidade e insegurança caso o suspeito fosse libertado.
Além disso, Lício já possuía antecedentes criminais por crimes contra a administração pública, desacato e resistência, o que reforçou a decisão judicial de mantê-lo sob custódia.
Repercussão e comoção nas redes sociais
Beatriz dos Anjos Miranda era uma influenciadora digital bastante conhecida, acumulando mais de 1,4 milhão de seguidores e mais de 37 milhões de curtidas em uma das suas redes sociais. Ela costumava compartilhar conteúdos de humor e dança e era mãe de duas filhas pequenas.
O crime gerou grande repercussão nas redes sociais, com milhares de seguidores lamentando sua morte e exigindo justiça. O caso também reacendeu o debate sobre a violência de género e o feminicídio no Brasil, destacando a vulnerabilidade de muitas mulheres em relacionamentos abusivos.
B.N.
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