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Líder de grupo terrorista em Angola condenado a 15 anos

Estátua da justiça
Líder de grupo terrorista em Angola condenado a 15 anos © DW/N. Sul de Angola

O Tribunal do Huambo condenou, hoje, João Deussino, líder de um grupo acusado de planear atentados terroristas, a 15 anos de prisão. A sentença surge após o julgamento de um caso que envolveu o alegado plano de boicotar a visita do ex-Presidente norte-americano Joe Biden a Angola, em 2024.


Deussino, que se autointitulava presidente da Frente Unida de Reedificação da Ordem Africana (FUROA), foi condenado junto com outros cinco membros do grupo. Segundo à Lusa O advogado de defesa, António Nasso, afirmou que, além de Deussino, também foram sentenciados Domingos Gabriel Muecália (oito anos de prisão), Francisco António Ngunga Nguli (cinco anos), Arão Rufino Eduardo Kalala (três anos e seis meses) e Cresceciano Capamba (três anos). Todos os condenados foram acusados de crimes como organização terrorista, posse de explosivos, tráfico de armas e falsificação de documentos.


Entretanto, a defesa irá recorrer da decisão, considerando que a pena aplicada a Pedro João da Cunha, funcionário de uma loja de registos, foi desproporcionalmente baixa. Cunha foi condenado a três anos de prisão, com pena suspensa por quatro anos, pelo crime de falsificação de documentos.


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A organização e os planos de ataque

Os acusados estavam envolvidos numa rede subversiva que pretendia atacar alvos estratégicos em Luanda e no Huambo, incluindo a Presidência da República, a Refinaria de Luanda e a embaixada dos Estados Unidos, no contexto da visita de Biden. As autoridades angolanas revelaram o caso em janeiro, após o desmantelamento do grupo, no qual foram apreendidos dez explosivos e outros materiais de guerra.


A investigação indicou que os membros do grupo estavam ligados a redes internacionais e tinham como objetivo derrubar o Governo angolano, estabelecendo um novo regime. A organização foi monitorizada desde 2014, e os engenhos explosivos utilizados nos planos de ataque incluíam granadas de mão de origem russa, alemã e portuguesa, adquiridas de forma clandestina.


A defesa dos condenados criticou a recusa do tribunal em conceder o estatuto de arguido colaborador, embora o Ministério Público tenha dado parecer favorável. A decisão do tribunal gerou ainda mais controvérsia, o que deverá ser um dos pontos a ser abordado no recurso que será interposto.


M.S.


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