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Maioria dos universitários do Porto planeja emigrar após curso

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Maioria dos universitários do Porto planeja emigrar após curso © Direitos Reservados

De acordo com um estudo recente realizado pelo Centro de Estudos da Federação Académica do Porto (CEFAP), a grande maioria dos estudantes da academia do Porto inscritos no ano letivo de 2023/2024 considera emigrar após a conclusão do seu curso. Os principais destinos apontados são países com melhores condições salariais, como o Reino Unido, Suíça, Países Baixos, Alemanha e Luxemburgo.


Emigração jovem qualificada: um desafio para Portugal

O estudo, que envolveu 375 estudantes e tem uma margem de erro de 5%, revela que mais de 73% dos inquiridos ponderam sair de Portugal em busca de melhores oportunidades profissionais e condições de vida. Esta tendência de emigração, que se verifica principalmente entre os estudantes de mestrado, pode resultar numa perda económica significativa para o país, estimada em cerca de 95 mil milhões de euros ao longo de 45 anos.


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A Federação Académica do Porto (FAP) alerta para as consequências negativas desta migração de talento, que poderá comprometer a inovação, o empreendedorismo e a sustentabilidade da Segurança Social em Portugal. Segundo a FAP, a emigração em larga escala de jovens qualificados poderá representar uma perda anual de 2,1 mil milhões de euros para a economia nacional.


Principais razões para a emigração: salários e condições de vida

A principal razão apontada pelos estudantes para a sua intenção de emigrar é a busca por melhores salários e condições de vida. Mais de 30% dos inquiridos revelaram que pretendem emigrar por um período longo (mais de 10 anos), enquanto 36% indicam que a sua saída será de médio prazo (entre 5 a 10 anos).


A FAP sublinha que esta emigração em massa poderá gerar um país mais envelhecido, com maiores dificuldades financeiras e uma redução na inovação. O estudo aponta que a perda líquida de receitas fiscais, como o IRS e contribuições para a Segurança Social, será substancial, além do impacto negativo nas contas públicas.


Com mais de 72% dos inquiridos sendo mulheres, o estudo revelou também a predominância de estudantes que se dedicam exclusivamente aos estudos (77%), seguidos por aqueles que conciliam o trabalho com a formação académica (18%).


Em resposta, o presidente da FAP, Francisco Fernandes, apelou ao Governo e aos partidos políticos para que se chegue a um pacto de regime que vise reter este talento e garantir que Portugal não perca os seus jovens mais qualificados.


M.S.


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