Moradas no Porto Suspeitas de Alojarem Mais de Cem Imigrantes
- Monica Stahelin
- 3 de fev.
- 2 min de leitura

O presidente da Junta de Freguesia do Bonfim, João Ricardo Aguiar, revelou que, desde o final do ano passado, tem sido registado um aumento significativo na procura por atestados de residência na sua freguesia, especialmente em duas ou três moradas localizadas no bairro. Segundo o autarca, foram feitos mais de cem pedidos de atestados de residência para essas moradas, o que gerou preocupações sobre a legalidade das situações envolvidas.
Como citado no Jornal de Notícias (JN), João Ricardo Aguiar afirmou que, apenas no mês de janeiro deste ano, a Junta do Bonfim emitiu mais de 2.500 atestados de residência a imigrantes magrebinos, um aumento notável em comparação com os 686 atestados emitidos no mesmo período do ano passado. Apesar deste crescimento, o autarca afirmou que a autarquia não tem qualquer forma de negar os pedidos, uma vez que a lei exige que, desde que os requerentes apresentem a documentação necessária, os atestados devem ser concedidos.
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Autarquia não pode negar pedidos, mas estranha situação
Entretanto, o autarca manifestou estranheza quanto ao número elevado de pedidos de atestados para as mesmas moradas e decidiu comunicar a situação às autoridades competentes. De acordo com a investigação do JN, uma das moradas suspeitas é um aparthotel situado perto da estação de comboios de Campanhã, onde alegadamente mais de cem pessoas pediram atestado de residência. Estes imigrantes teriam apresentado um contrato de arrendamento válido por seis meses, com uma renda mensal de 450 euros, feito com a unidade hoteleira.
Suspeitas de falsos contratos de arrendamento
Além deste caso, fontes policiais indicaram que existem outros estabelecimentos da cidade a emitir falsos contratos de arrendamento para garantir a obtenção de atestados de residência. Outra morada mencionada na investigação é um apartamento de tipologia T2 na Rua de Coutinho de Azevenho, onde, segundo as declarações dos imigrantes, residem mais de cem pessoas. O JN também relatou um cenário semelhante numa residência da Rua de D. João IV.
A situação levanta questões sobre a fiscalização de contratos de arrendamento e o possível uso indevido do sistema de atestados de residência, o que motivou o alerta das autoridades locais e policiais para investigar e corrigir estas práticas.
M.S.
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Mais uma coisa que pode acabar mal, depois inventam mais burocracias para tirar os documentos por causa duns poucos que andam a fazer tudo errado.