Pai e filho de Perthshire condenados por violar jovem de 16 anos
- Monica Stahelin
- 28 de fev.
- 3 min de leitura

Hugh e Cameron Mullen, pai e filho residentes em Perthshire, foram condenados à prisão por violarem repetidamente uma jovem de 16 anos, que se encontrava sob efeito de álcool, no mês de abril de 2023.
Os acusados foram considerados culpados pelo tribunal de Edimburgo após um julgamento, e receberam penas severas. Hugh Mullen, de 42 anos, foi sentenciado a nove anos de prisão, enquanto o seu filho Cameron, de 21 anos, recebeu uma pena de cinco anos e meio de encarceramento, com mais dois anos de liberdade condicional a serem cumpridos após a sua libertação. Ambos foram ainda incluídos no registo de criminosos sexuais e estarão sujeitos a vigilância e restrições para o resto das suas vidas.
O ataque e o impacto psicológico na vítima
O ataque ocorreu numa casa localizada em Blairgowrie, Perthshire, e foi a culminação de um encontro entre os acusados e a vítima, que haviam conhecido no centro da cidade de Perth. A jovem de 16 anos, que estava socializando com amigos e aparentava estar bastante embriagada, foi levada pelos Mullens para a casa onde o crime aconteceu. De acordo com o testemunho da vítima, ela perdeu a consciência momentos antes de ser atacada e, ao "acordar", se encontrou com Hugh Mullen a violá-la. O juiz, Lord Lake, revelou que tanto Hugh como Cameron Mullen atacaram a vítima, e que cada um observou enquanto o outro a violava, num ato de crueldade sem precedentes.
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O juiz destacou a natureza terrível do crime, afirmando que a vítima, extremamente vulnerável devido ao seu estado de embriaguez, não estava em condições de se defender.
"A sua vítima era jovem, estava muito bêbada e incapaz de cuidar de si mesma. Vocês aproveitaram-se dela nesse estado", disse Lord Lake.
O impacto psicológico do ataque na vítima foi devastador, levando-a a ficar tão traumatizada que, após o crime, ela não conseguiu permitir que outras pessoas a ajudassem e foi necessário o auxílio da polícia para garantir a sua segurança. A jovem ainda sofre as consequências do ataque, com os danos psicológicos persistindo muito tempo após o ocorrido.
Tentativa de obstruir a justiça e consequências para os réus
Além das acusações de violação, Hugh Mullen também foi condenado por tentar obstruir a justiça. Ele foi acusado de tentar influenciar a investigação policial, em especial ao negar ter induzido a jovem a ir com ele e seu filho ao oferecer-lhe cannabis, o que foi refutado pela vítima e pelas evidências apresentadas no tribunal. Hugh também afirmou que estava na sala enquanto o filho e a jovem estavam no andar de cima da casa, o que foi desmentido pelas provas recolhidas. Quando o veredito foi lido pelo tribunal, Hugh Mullen proclamou a sua inocência, expressando surpresa e choque, dizendo: "Eu não posso acreditar nisso. Estou em choque."
Além da pena de prisão, Cameron Mullen foi proibido de contactar a vítima durante os próximos 15 anos. O juiz também determinou que ambos os acusados fossem incluídos no registo de criminosos sexuais, o que implica uma monitorização contínua após a sua libertação. Esta medida visa garantir a segurança pública e impedir que possam reincidir em crimes semelhantes. A polícia de Dundee, liderada pelo Detective Constable Murray Scott, afirmou que os Mullens agora enfrentam as consequências de suas ações desumanas, que deixaram uma marca indelével na vida da vítima e da sua família.
M.S.
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