PF repatria bebé vítima de tráfico humano encontrado em Portugal
- Monica Stahelin
- 25 de mar.
- 2 min de leitura
Operação Pérola resulta na repatriação de criança após investigação conjunta com a Polícia Judiciária de Portugal.
A Polícia Federal (PF) do Brasil concluiu nesta segunda-feira, dia 24 de março, a Operação Pérola, que resultou na repatriação de um bebé que foi levado de forma ilegal para Portugal pouco após o seu nascimento, no final de 2023. A criança, que foi vítima de tráfico humano, foi encontrada na região do Porto, após uma investigação conduzida pela Delegacia da PF em Campinas (SP).
O caso foi inicialmente descoberto quando a Promotoria de Justiça em Valinhos, no interior de São Paulo, acionou a PF. Em uma ação conjunta com a Polícia Judiciária de Portugal, a criança foi localizada em uma família acolhedora portuguesa, onde ficou até que fosse confirmada a falsificação de seus registros de nacionalidade e naturalidade. A criança, que estava sob os cuidados da Assistência Social de Portugal, foi imediatamente retirada da família acolhedora e encaminhada para a repatriação.
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Falsificação de documentos e cooperação internacional
Após a confirmação de que a criança não era portuguesa, com a intervenção do Ministério Público Federal em Campinas, a PF enviou agentes para Portugal para repatriar o bebé, que já tinha um ano e quatro meses. A criança foi trazida de volta ao Brasil com o apoio de autoridades portuguesas, respeitando o Protocolo de Palermo, que combate o tráfico internacional de pessoas desde 2004.
A criança foi colocada sob os cuidados de uma instituição brasileira e, conforme informado pela PF, as famílias acolhedoras, tanto em Portugal quanto no Brasil, mantêm contato para compartilhar informações sobre o bem-estar do bebé. A PF garantiu que o vínculo criado durante o período em que a criança esteve em Portugal será respeitado, e as famílias continuarão a manter um elo para assegurar o melhor interesse da criança.
Esperança renovada e proteção para o futuro
O retorno do bebé ao Brasil é descrito pela PF como o "sucesso da cooperação entre os órgãos envolvidos" e simboliza a "esperança renovada de um futuro seguro e protegido". A operação não apenas representa a repatriação de uma vítima de tráfico humano, mas também uma nova oportunidade para a criança, com a possibilidade de reconstruir sua história com acolhimento e apoio.
A operação é mais um exemplo da atuação eficaz das autoridades brasileiras e internacionais no combate ao tráfico de seres humanos e à proteção de crianças vulneráveis, reafirmando a importância da cooperação global para garantir a segurança e o bem-estar das vítimas.
M.S.
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