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Professores de SP aprovam greve por melhores salários e vagas

Pessoas em uma multidão
Professores de SP aprovam greve por melhores salários e vagas © Rogerio Cavalheiro

Na última sexta-feira, 21 de março, a Apeoesp, o principal sindicato dos professores da rede estadual de São Paulo, aprovou, em assembleia, uma greve geral com início marcado para o dia 25 de abril. A categoria, que já planeja uma nova reunião nesse mesmo dia para decidir sobre a continuidade da paralisação, visa pressionar o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) a atender a uma série de reivindicações, incluindo contratações efetivas, aumento do piso salarial e melhorias nas condições de trabalho nas escolas.


A assembleia, realizada na Praça da República, no centro de São Paulo, contou com a participação de aproximadamente 5 mil educadores. Durante o período que antecede a greve, o sindicato promete intensificar a mobilização por meio de atos públicos em escolas e diretorias de ensino, carreatas, aulas abertas, além de ações nas redes sociais e coleta de assinaturas junto à comunidade escolar.


Principais Reivindicações da Categoria

Entre as principais reivindicações, destacam-se o reajuste imediato de 6,27% no salário-base, para adequação ao Piso Salarial Profissional Nacional, o descongelamento de um reajuste de 10,15% que, embora garantido desde 2017 pelo Supremo Tribunal Federal, ainda não foi implementado, e a criação de um plano para reposição do poder de compra dos salários dos docentes. Além disso, a Apeoesp solicita a climatização das salas de aula, uma medida urgente diante das recentes ondas de calor, e a reabertura de turmas, especialmente no período noturno.


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A deputada estadual Maria Izabel Noronha, conhecida como Professora Bebel (PT) e presidenta do sindicato, criticou as condições de trabalho dos educadores. “A pressão por resultados, o assédio moral nas escolas, os baixos salários e a falta de profissionais têm tornado a situação insustentável. As condições de trabalho são cada vez piores”, afirmou.


Ministério Público e Ações Legais

O sindicato também exige a contratação direta de professores e demais profissionais para a educação especial, além da extinção da terceirização, que, segundo a Apeoesp, compromete a qualidade do ensino. A questão da climatização das escolas também se tornou um ponto de destaque, tendo em vista os impactos das altas temperaturas na saúde e no desempenho dos alunos e professores.


Em resposta às demandas da categoria, o Ministério Público do Estado de São Paulo protocolou duas ações na justiça, exigindo que o governo de Tarcísio de Freitas recomponha de forma efetiva o quadro de professores e diretores nas escolas estaduais. De acordo com o MP, a prática de designar professores efetivos para cargos de direção escolar e supervisão educacional, sem que haja a devida nomeação de novos profissionais, configura uma irregularidade.


A greve e a mobilização da Apeoesp reforçam a pressão sobre o governo estadual, que ainda não apresentou uma proposta concreta para resolver as questões apresentadas pelos professores. A categoria promete continuar com as ações de protesto até que suas reivindicações sejam atendidas.


M.S.


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