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Governo apela a diálogo com saúde diante de greve iminente

Médico segura um vidro com liquidovermelho
Governo apela a diálogo com saúde diante de greve iminente © benjamin lehman na Unsplash

O Governo moçambicano fez um apelo aos profissionais de saúde, instando-os a priorizarem o diálogo em vez da greve, após a ameaça de retomar a paralisação no dia 30 de março. A principal reivindicação dos profissionais é o pagamento integral das horas extraordinárias, melhores condições de trabalho e um maior enquadramento na Tabela Salarial Única (TSU).


Em conferência de imprensa realizada em Maputo, o porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, afirmou:


"O nosso apelo é que continuemos a falar, os colegas apareçam, apresentem as questões críticas, vamos resolver as coisas paulatinamente e não há de ser no formato de greves."

Reivindicações e soluções em curso

A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), que lidera as reivindicações, exige do Governo a garantia de medicamentos nos hospitais, a compra de camas hospitalares, a melhoria da alimentação fornecida aos pacientes e o fornecimento de equipamentos de proteção individual para os profissionais, entre outras demandas.


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Impissa reconheceu que algumas dessas preocupações se estendem a outros setores da função pública, como os procuradores, juízes e magistrados, mas reforçou que o Governo está empenhado em resolver as questões de forma gradual.

"O formato de greves pode até funcionar para pressionar o Governo, mas os meios não podemos esticá-los para onde não podemos responder na hora em que é colocada a questão", alertou.

No que se refere às horas extraordinárias, o porta-voz do Governo explicou que o pagamento já está em curso, com os valores a serem transferidos para as direções provinciais de economia e finanças para o devido pagamento. No entanto, Impissa esclareceu que o valor recebido por cada profissional será determinado com base no nível, na categoria e na experiência de cada um, o que pode resultar em diferenças no montante pago.


TSU e o impacto nos custos do Governo

Sobre as promoções e progressões de carreira, outra das reivindicações dos profissionais de saúde, o porta-voz garantiu que estas serão retomadas este ano, conforme anunciado anteriormente pelo Presidente de Moçambique.


Em relação às condições de trabalho, Impissa admitiu que este é um desafio significativo, mas reafirmou que o Governo está a trabalhar para melhorar as condições no setor. A Tabela Salarial Única (TSU), implementada em 2022, foi criada para eliminar as disparidades salariais e controlar a massa salarial do Estado. No entanto, a sua aplicação levou a um aumento significativo da despesa pública, com um acréscimo de cerca de 36% nos custos, o que gerou descontentamento em várias classes profissionais, incluindo médicos e professores. Isso resultou em greves e paralisações no setor da saúde e educação.


O Governo promete continuar a trabalhar para resolver as questões de forma eficaz e, por isso, apelou à continuidade do diálogo com os profissionais de saúde, evitando a paralisação que afetaria ainda mais o sistema de saúde no país.



M.S.


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