Mick Lynch anuncia reforma após anos à frente da RMT
- Monica Stahelin
- 9 de jan.
- 2 min de leitura
Atualizado: 16 de jan.

Mick Lynch, um dos sindicalistas mais influentes do Reino Unido nos últimos tempos, anunciou a sua aposentadoria da liderança do sindicato RMT (Rail Maritime and Transport Workers), aos 63 anos. O dirigente esteve à frente do sindicato desde 2021, período durante o qual supervisionou mais de dois anos de greves no setor ferroviário, com os membros do RMT exigindo melhorias salariais, contra cortes de emprego e por melhores condições de trabalho.
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Sob a liderança de Lynch, o RMT esteve no centro de uma onda de ações industriais em 2022, que registou o maior número de dias de greve desde 1989. As paralisações começaram em junho de 2022 e só chegaram a um desfecho oficial em setembro de 2024, após negociações que culminaram num acordo com o novo governo do Partido Trabalhista, ainda este ano.
Lynch, conhecido pelas suas aparições frequentes na televisão para explicar e defender as greves, comentou: “Foi um privilégio servir este sindicato por mais de 30 anos em todas as capacidades, mas agora é tempo de mudança”.
Apesar das dificuldades enfrentadas, ele destacou que a RMT emergiu mais forte das lutas recentes.
A decisão de Lynch de se afastar não foi acompanhada de uma explicação detalhada, mas ele sublinhou a necessidade de renovação dentro da organização.
“Nunca houve uma necessidade tão urgente de um sindicato forte para todos os trabalhadores do transporte e energia, mas só podemos manter e construir uma organização robusta para esses trabalhadores se houver renovação e mudança”, afirmou.
Ele concluiu dizendo que a RMT precisará de uma nova geração de trabalhadores para continuar a luta por uma sociedade mais justa.
Lynch permanecerá no cargo até maio, quando um sucessor será nomeado. Durante a sua carreira sindical, que começou em 1993, ele desempenhou diversas funções, incluindo o cargo de secretário-geral assistente e membro do comité executivo nacional da RMT, antes de se tornar o secretário-geral em 2021.
O sindicato e seus membros agora enfrentam a tarefa de procurar um novo líder, que dê continuidade ao trabalho de defesa dos direitos dos trabalhadores no setor ferroviário e além.
B.N.
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