ONU retoma atuação na Operação Acolhida após apoio do Brasil
- Monica Stahelin
- 3 de fev.
- 2 min de leitura

A Organização Internacional para as Migrações (OIM), braço da ONU responsável pelo atendimento a refugiados e migrantes, anunciou no último sábado (1º) que, após uma pausa de vários meses, retomará suas atividades na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. O trabalho da OIM na Operação Acolhida havia sido interrompido devido a uma ordem emitida pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que vetava a ajuda a organismos humanitários internacionais. A suspensão da assistência afetou diretamente os esforços de acolhimento e apoio aos migrantes venezuelanos que chegam ao Brasil.
Parceria com o Brasil garante recursos alternativos
No comunicado enviado ao governo brasileiro, a OIM expressou seu agradecimento pelo apoio do país, que, em conjunto com a Unicef e outras entidades privadas, conseguiu mobilizar recursos essenciais para a continuidade da operação. A OIM destacou a importância do apoio do Brasil e de seus parceiros internacionais para garantir que os serviços de acolhimento e interiorização dos migrantes possam ser retomados de forma efetiva e segura.
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O texto ressaltou a mobilização ágil do governo brasileiro, que assegurou a continuidade da operação através de novos recursos. "Temos a satisfação de informá-los que conseguimos, durante esta semana, garantir o apoio nos três eixos da Operação Acolhida: Ordenamento da Fronteira, Acolhimento e Interiorização", diz o comunicado da OIM. A organização também parabenizou o Brasil pela rapidez com que mobilizou esforços para garantir uma migração mais ordenada, regular e digna para os migrantes venezuelanos.
Forças armadas e Ministério da Justiça mantêm operações
Para garantir a continuidade mínima das atividades, o Ministério da Justiça e as Forças Armadas também foram acionados, com a expectativa de que a OIM retome suas operações ainda nesta segunda-feira (3). O chefe de missão da OIM parabenizou a rápida ação do governo brasileiro e dos parceiros envolvidos, destacando a importância da solidariedade internacional no enfrentamento da crise migratória.
A Operação Acolhida, um esforço humanitário de grande escala, tem um custo mensal aproximado de US$ 5 milhões, sendo que anteriormente os Estados Unidos eram responsáveis por cerca de 60% da verba necessária. Com a suspensão dessa ajuda, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil ficou encarregado de buscar alternativas de financiamento, que permitiram a retomada das atividades da OIM na região.
Além disso, o Ministério da Justiça e as Forças Armadas também foram chamados a colaborar, deslocando efetivos para garantir a continuidade mínima das operações enquanto os novos recursos eram mobilizados. A expectativa é que, ainda nesta segunda-feira (3), a equipe da OIM retome suas atividades no terreno, dando continuidade ao trabalho de apoio aos migrantes e refugiados.
O chefe de missão da OIM, ao comunicar a retomada das operações, agradeceu não apenas ao governo brasileiro, mas também aos parceiros internacionais envolvidos, e reforçou a importância de uma ação solidária e coordenada frente à crise migratória.
M.S.
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