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Portugal supera média global em representação feminina

Duas mulheres conversando no escritório
Portugal supera média global em representação feminina © Freepik

Portugal tem alcançado níveis de representação feminina superiores à média global, com 36% de deputadas e 33% de ministras, conforme revela um relatório divulgado nas vésperas do Dia Internacional das Mulheres, comemorado este sábado. O estudo, intitulado “Representation Matters”, elaborado pela consultoria norte-americana Oliver Wyman em colaboração com o Banco Mundial e a organização Mulheres Líderes Políticas, destaca a importância da presença feminina na política e seu impacto positivo no desenvolvimento económico.


Desafios e progresso na política e economia

Embora a representação feminina em Portugal seja um exemplo positivo, com destaque para as 36% de deputadas e 33% de ministras, o relatório destaca que a média mundial é significativamente inferior. Globalmente, as mulheres ocupam apenas 26% dos assentos parlamentares e 23% dos cargos ministeriais. O Parlamento Europeu também apresentou uma leve diminuição de representação feminina em 2024, com 39%.


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O estudo ainda sublinha que, a nível mundial, apenas 27 dos 193 países são liderados por mulheres, com um número reduzido de países onde elas exercem poder real de decisão. O ritmo de progresso é considerado lento, e se continuar assim, seriam necessários mais de 40 anos para alcançar a paridade política mundial. Além disso, as mulheres enfrentam barreiras em cargos de liderança económica, com uma disparidade salarial significativa. Em 2024, as mulheres em Portugal ganharam, em média, 242 euros a menos por mês do que os homens, o que representa um aumento de 71,63% na diferença salarial nos últimos 10 anos.


Avanços em Portugal

Apesar das dificuldades, Portugal registou avanços importantes, especialmente no número de mulheres em cargos diretivos, com um aumento de 25,2 pontos percentuais no último ano, alcançando uma média de 34,7%, igualando a média europeia. Em termos de igualdade de género, o país alcançou 68,6 pontos no Índice de Igualdade de Género, ficando em 15º lugar na União Europeia, embora ainda abaixo da média do bloco.


O relatório também aponta que as mulheres enfrentam desafios contínuos no acesso a oportunidades políticas e económicas, com a "falta de igualdade de oportunidades" e a "ausência de proteções legais adequadas" sendo obstáculos significativos. A pesquisa destaca ainda que 49% da população mundial acredita que os homens são mais competentes como líderes políticos.


Recomendações e estratégias

Para melhorar a situação, o relatório recomenda a implementação de quotas de género nos parlamentos e partidos políticos, além da aprovação de legislações contra o assédio e a violência política de género. A garantia de igualdade salarial, a expansão dos direitos de maternidade e paternidade e o investimento em serviços de apoio à infância acessíveis também são apontadas como medidas cruciais.


“Garantir a representação feminina nos processos de tomada de decisão é essencial para um desenvolvimento sustentável e para uma economia global mais forte”, o relatório conclui, ressaltando que garantir a participação das mulheres nos processos decisórios é essencial para a criação de sociedades mais justas e igualitárias.


M.S.


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