Avião “Doomsday” dos EUA avistado perto de Washington D.C.
- Monica Stahelin
- 20 de jun.
- 2 min de leitura
Aeronave militar E-4B aterrissa numa base próxima da capital norte-americana em meio a tensões no Médio Oriente.
Um avião E-4B da Força Aérea dos Estados Unidos, conhecido como “Doomsday Plane”, aterrou na noite de terça-feira na Base Conjunta Andrews, no estado de Maryland, nas imediações de Washington D.C., num momento em que crescem os rumores sobre uma possível intervenção dos EUA no conflito entre o Irão e Israel.
A aeronave partiu da Base Aérea de Barksdale, em Shreveport (Louisiana), e seguiu uma rota de voo invulgar até ao seu destino, segundo avançou o canal israelita i24NEWS. A movimentação aumentou as especulações sobre uma ligação directa ao encontro do ex-presidente Donald Trump com conselheiros de segurança nacional, ocorrido no mesmo dia na Sala de Situação da Casa Branca.
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O que é o “Doomsday Plane”?
Diferente do Air Force One, que funciona como uma espécie de “gabinete oval voador”, o E-4B Nightwatch é essencialmente uma sala de guerra aérea. A aeronave é projectada para operar em cenários extremos, incluindo ataques nucleares, estando equipada com blindagem térmica e nuclear, e sistemas eléctricos resistentes a impulsos electromagnéticos.
Com autonomia de voo de até 12 horas sem reabastecimento, o E-4B é utilizado para garantir a segurança do presidente dos EUA, altos responsáveis governamentais e, frequentemente, serve de meio de transporte para o Secretário da Defesa em deslocações internacionais.
Além de missões reais, a aeronave também é usada em exercícios de prontidão e treino. No entanto, a sua presença perto de Washington num dia de reuniões estratégicas ao mais alto nível levanta dúvidas sobre uma eventual preparação para acções militares em resposta à crescente tensão no Médio Oriente.
Um recurso estratégico desde a Guerra Fria
Actualmente, a Força Aérea norte-americana dispõe de uma frota de quatro aviões E-4B, todos atribuídos ao 595.º Grupo de Comando e Controlo, sediado na Base Aérea de Offutt, no Nebraska. Desde 1975, pelo menos um destes aparelhos mantém-se em prontidão permanente.
A senadora Deb Fischer, representante do estado do Nebraska, referiu num artigo publicado em 2024 que o E-4B “está sempre em alerta, frequentemente a acompanhar o presidente ou o secretário da Defesa em caso de emergência”. “O Nebraska orgulha-se de albergar esta notável frota”, acrescentou.
Apesar do clima de incerteza, Trump recusou-se a confirmar qualquer decisão quanto a uma possível intervenção militar dos Estados Unidos no conflito no Médio Oriente, afirmando apenas: “Posso fazê-lo. Posso não fazê-lo. Quer dizer, ninguém sabe o que vou fazer.”
M.S.
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