Barroso defende direito de Bolsonaro se manifestar sobre golpe
- Beatriz S. Nascimento
- 29 de mar.
- 2 min de leitura

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou na sexta-feira (28.mar.2025) que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem o direito de expressar a sua opinião sobre o julgamento em que se tornou réu por tentativa de golpe de Estado, no contexto dos eventos de 2022.
Durante uma conversa com jornalistas, após uma aula inaugural na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Barroso destacou que, em um país democrático como o Brasil, qualquer pessoa, inclusive o presidente, tem o direito de se manifestar politicamente e de se defender no âmbito legal. “O presidente, num país livre e democrático como o Brasil, como qualquer pessoa, tem o direito de emitir a sua opinião e tem o direito de se defender da melhor maneira possível”, afirmou.
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Resposta ao pronunciamento de Bolsonaro
A declaração do ministro do STF veio em resposta ao primeiro pronunciamento público de Bolsonaro, ocorrido na quarta-feira (26.mar.2025), após ser formalmente acusado de tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente sugeriu que a decisão parecia ter um caráter pessoal contra ele e apontou uma sensação de “intranquilidade” no país.
Processo segue "devido processo legal" e pode ser julgado ainda este ano
Barroso também fez questão de explicar que, de acordo com a norma atual, o caso de Bolsonaro está sendo analisado pela 1ª Turma do STF, que tem a prerrogativa de decidir se levará o julgamento ao plenário. Contudo, a turma optou por seguir com o processo no seu juízo natural. "A turma poderia ter decidido levar o caso ao plenário, mas optou por julgar o processo pelo seu juízo natural, que é a 1ª Turma", explicou.
O ministro, no entanto, destacou que o andamento do julgamento depende da apresentação de provas e testemunhas, o que torna difícil prever uma data para a decisão final. Apesar disso, Barroso afirmou que, se possível, seria ideal que o julgamento acontecesse ainda em 2025, para que não haja interferência do período eleitoral no processo. “O devido processo legal vem à frente do ano eleitoral. Portanto, vai depender da tramitação”, concluiu.
B.N.
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Espero que saia esse ano o julgamento ainda.