Cardeal Becciu não participará do conclave que elegerá novo Papa
- Monica Stahelin
- 29 de abr.
- 2 min de leitura

O cardeal italiano Angelo Becciu, condenado por peculato e fraude, declarou esta terça-feira (29) que não participará do conclave marcado para 7 de maio, onde será eleito o sucessor do Papa Francisco, falecido a 21 de abril.
Becciu, que foi condenado a cinco anos e meio de prisão por um tribunal do Vaticano em dezembro de 2023, permanece em liberdade enquanto aguarda recurso.
Apesar de continuar a alegar inocência, afirmou que respeitará a vontade do Papa Francisco, que o havia afastado do cargo em 2020.
"Tendo em coração o bem da Igreja... Decidi obedecer, como sempre fiz, à vontade do Papa Francisco e não entrar no conclave, ainda estando convencido da minha inocência", declarou Becciu.
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Afastamento e perda de direitos cardinalícios
Em 2020, Francisco destituiu Becciu do cargo que ocupava na Cúria Romana, após acusações de desvio de fundos da Santa Sé. O pontífice permitiu que o cardeal mantivesse o título eclesiástico e o apartamento no Vaticano, mas retirou-lhe os direitos ligados ao cardinalato — entre eles, o direito de votar num conclave.
A redação pouco clara da declaração oficial levantou incertezas sobre a possível participação de Becciu na eleição do novo papa. Contudo, o próprio cardeal dissipou agora qualquer incerteza ao anunciar a sua decisão de não integrar o colégio eleitoral.
Discussões entre cardeais
Os cardeais reunidos esta semana para reuniões preparatórias discutiram, entre outros temas, o papel de Becciu no conclave. A ausência do cardeal italiano deve encerrar uma das principais polémicas em torno da sucessão papal, marcada por um clima de expectativa e cautela no seio da Igreja Católica.
M.S.
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