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Deportações dos EUA para a Venezuela são retomadas após crise

Deportados saem do avião
Deportações dos EUA para a Venezuela são retomadas após crise © Reuters

As deportações de venezuelanos pelos Estados Unidos foram retomadas após um período de interrupção devido a uma disputa diplomática entre os dois países. No sábado, um voo com 199 deportados venezuelanos pousou no Aeroporto Simón Bolívar, perto de Caracas. Esse voo marcou a retomada das deportações que haviam sido suspensas semanas antes, após a administração de Donald Trump ter revogado uma licença que permitia à Venezuela exportar parte do seu petróleo para os EUA, apesar das sanções impostas.


Acordo Entre os Governos e Reações de Maduro

O acordo entre os dois governos, que não possuem relações diplomáticas, permite que os deportados sejam enviados de volta à Venezuela como parte de um plano da administração Trump de remover migrantes indocumentados dos Estados Unidos. O presidente venezuelano Nicolás Maduro considerou o retorno dos deportados como uma oportunidade para "resgatar e libertar migrantes das prisões nos EUA".


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Os deportados foram inicialmente transferidos do estado do Texas para Honduras, na América Central, de onde foram enviados de avião pela companhia aérea estatal venezuelana Conviasa para Maiquetía, ao norte de Caracas. Ao desembarcarem, alguns dos deportados levantaram os braços e acenaram.


Polêmicas e Sanções Relacionadas à Deportação

O Departamento de Assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos descreveu os deportados como "estrangeiros ilegais" que "não tinham base para permanecer nos Estados Unidos". Já Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, destacou que a migração "não é um crime".


Este retorno de deportados segue um acordo inicial firmado em janeiro, mediado pelo enviado especial de Trump, Richard Grenell, que permitia que a Venezuela recebesse seus cidadãos deportados. Esse acordo foi visto como uma vitória para Trump, que tem priorizado a deportação de migrantes indocumentados.


No entanto, Maduro criticou a decisão de Trump de revogar a licença da Chevron para operar na Venezuela, o que ele considerou como um "pequeno problema" nas negociações. Ele também mencionou que a comunicação entre os dois países foi prejudicada, afetando o processo de deportação.


Após a deportação de 238 venezuelanos para uma prisão em El Salvador, acusados de envolvimento com a gangue criminosa Tren de Aragua, houve um clamor em Venezuela, onde familiares dos deportados afirmaram que seus parentes não tinham envolvimento com atividades criminosas. O ocorrido gerou um alerta do Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre possíveis sanções mais severas contra a Venezuela se o país se recusasse a aceitar os deportados.


Em resposta, Maduro ordenou a intensificação das ações para garantir os voos de retorno para os migrantes detidos, conforme as autoridades venezuelanas trabalham para assegurar o retorno dos cidadãos deportados dos Estados Unidos.


M.S.


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