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EUA ameaçam abandonar paz na Ucrânia sem avanços

Trump
EUA ameaçam abandonar paz na Ucrânia sem avanços ©REUTERS/Brian Snyder

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá desistir dos esforços de mediação para um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia nos próximos dias, caso não se verifiquem sinais imediatos de progresso nas negociações. O alerta foi feito esta sexta-feira, 18 de abril, pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, após uma reunião com líderes europeus e ucranianos em Paris.


“Não continuaremos com este esforço indefinidamente. Precisamos de perceber muito rapidamente — e refiro-me a uma questão de dias — se é possível alcançar um acordo nas próximas semanas. Se for, continuaremos. Caso contrário, temos outras prioridades”, afirmou Rubio, sublinhando que o presidente Trump continua empenhado em encontrar uma solução pacífica, mas considera essencial ver avanços concretos.


As declarações surgem num contexto de crescente frustração por parte de Washington com a estagnação das negociações e com os impasses persistentes que têm marcado o conflito. Durante a campanha presidencial, Trump prometeu pôr fim à guerra em apenas 24 horas após assumir funções. Contudo, já em exercício, o presidente moderou o tom, admitindo que um eventual acordo poderia ser alcançado até abril ou maio.


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Kremlin defende avanços e reafirma compromisso com a paz

O Kremlin reagiu prontamente às declarações, afirmando que houve avanços tangíveis nas conversações, nomeadamente o cessar-fogo no Mar Negro — embora existam denúncias mútuas de violações. “Os contactos são bastante complicados porque, naturalmente, o tema não é fácil”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, garantindo que Moscovo continua comprometida com o processo.


Relação entre Trump e Zelensky está deteriorada

As relações entre Donald Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, têm-se deteriorado desde o início do novo mandato norte-americano, particularmente após os Estados Unidos avançarem para negociações bilaterais com a Rússia sem envolver Kiev.


A tensão agravou-se durante uma visita recente de Zelensky à Casa Branca, que terminou com uma discussão acesa entre os dois líderes e o cancelamento antecipado do encontro oficial.


A possível saída dos Estados Unidos das conversações poderá representar um duro golpe nos esforços internacionais para pôr fim ao conflito, numa altura em que aumentam os apelos por uma resolução diplomática e duradoura.


B.N.


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