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EUA e Israel rejeitam nova proposta do Hamas

Pessoas na rua
EUA e Israel rejeitam nova proposta do Hamas © Reprodução Jornal Nacional

Os Estados Unidos e Israel classificaram como "totalmente inaceitáveis" as exigências apresentadas pelo Hamas numa contraproposta ao plano de cessar-fogo mediado por Washington. O grupo palestiniano aceitou libertar parte dos reféns em seu poder, mas condicionou a medida a um novo cronograma e a exigências adicionais, que não estavam previstas na proposta original.


Na resposta enviada no sábado (31), o Hamas manifestou-se disposto a libertar 10 reféns israelitas vivos e entregar os corpos de 18 outros, mas propôs fazê-lo em cinco etapas ao longo de 60 dias, em vez das duas fases estipuladas no plano americano. As exigências incluem ainda a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza e a negociação de um cessar-fogo permanente até ao fim da trégua temporária.


Reações e impasse diplomático

A proposta americana, que já havia sido aceite por Israel, foi elaborada pelo enviado especial Steve Witkoff, representante do governo de Donald Trump para o Médio Oriente. Nas redes sociais, Witkoff declarou que só será possível alcançar uma trégua se o Hamas libertar metade dos reféns vivos e metade dos reféns mortos ainda em cativeiro.


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Por sua vez, o Hamas acusou Witkoff de favorecer os interesses de Israel, enquanto o governo israelita reiterou que continuará a ofensiva militar até à libertação total dos reféns e ao desmantelamento do grupo terrorista. Actualmente, segundo dados oficiais, 58 reféns permanecem em cativeiro, dos quais 35 estariam mortos.


Crise humanitária agrava-se em Gaza

Enquanto as negociações enfrentam impasses, a situação humanitária na Faixa de Gaza deteriora-se rapidamente. Apenas 30 camiões de ajuda humanitária conseguiram entrar no enclave no sábado (31), número muito inferior aos cerca de 500 veículos diários registados antes do início do conflito.


A ONU alertou para uma situação "catastrófica" e o Unicef revelou que mais de 50 mil crianças palestinianas foram mortas ou feridas desde outubro de 2023 — o que representa uma vítima infantil a cada 20 minutos.


No norte de Gaza, o último hospital ainda operacional encerrou as portas no mesmo dia, após ter sido cercado por forças israelitas. Todos os pacientes e profissionais de saúde foram retirados. Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, os bombardeamentos das últimas 24 horas resultaram em 60 mortos e 284 feridos.


B.N.


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