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Papa Francisco morre aos 88 anos: Adeus a um Papa do povo

Papa Francisco
Papa Francisco morre aos 88 anos: Adeus a um Papa do povo © Filippo Monteforte / AFP

O Papa Francisco faleceu na manhã desta segunda-feira, aos 88 anos, após anos de luta contra problemas de saúde que, apesar da gravidade, nunca o afastaram da missão de servir a Igreja. A notícia foi confirmada pelo camerlengo do Vaticano, o cardeal Kevin Farrell, que anunciou que o “Bispo de Roma regressou à casa do Pai às 7h35”.


Na declaração oficial, Farrell destacou que o pontífice “dedicou toda a sua vida ao serviço do Senhor e da sua Igreja” e recordou o seu testemunho de fé, coragem e amor universal, em especial para com “os mais pobres e marginalizados”.


Um pontificado de proximidade e reforma

Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, foi uma das figuras mais marcantes do século XXI. O seu pontificado de 12 anos ficou assinalado por uma profunda transformação na imagem e no papel da Igreja Católica no mundo.



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Primeiro jesuíta, primeiro papa oriundo das Américas, primeiro não-europeu em mais de um milénio e o primeiro a adotar o nome de Francisco, em homenagem ao santo de Assis, dedicou o seu ministério aos mais frágeis, aos refugiados, às vítimas da guerra e aos que vivem nas margens da sociedade.


A sua morte ocorre semanas após uma longa hospitalização no Hospital Universitário Agostino Gemelli, devido a uma pneumonia bilateral agravada por insuficiência renal. Apesar da gravidade da situação, o Papa teve alta a 23 de março, reacendendo a esperança de recuperação.


Humildade e gestos que marcaram uma era

O estilo pastoral e próximo de Francisco conquistou crentes e não crentes desde o primeiro instante. No dia da sua eleição, a 13 de março de 2013, quebrou o protocolo ao recusar os símbolos tradicionais do papado: dispensou a murça purpúrea e os sapatos vermelhos, optando por um anel de prata e por calçado ortopédico. Saudou o mundo com um simples “Irmãos e irmãs, boa-noite” e optou por residir na modesta Casa de Santa Marta, rejeitando o Palácio Apostólico.


A sua postura humilde e o exemplo constante marcaram o seu legado. Em 2014, surpreendeu o mundo ao ajoelhar-se espontaneamente num confessionário, durante um serviço penitencial em São Pedro, para confessar os seus próprios pecados — um gesto poderoso num tempo em que muitos esperavam apenas que ouvisse os dos outros.


Com a sua morte, encerra-se um capítulo singular da história da Igreja. Fica o testemunho de um homem que, com simplicidade e firmeza, resgatou o Evangelho como instrumento de proximidade, justiça e misericórdia.


B.N.


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1 commentaire


Invité
21 avr.

A morte do Papa Francisco me fez refletir sobre o impacto de sua liderança, que foi muito além de um simples cargo religioso. Ele não era apenas o líder da Igreja Católica, mas, na minha visão, um exemplo de humanidade e simplicidade.

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