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Projetos no Corredor do Lobito Recebem Investimento dos EUA

Trabalhadores analisam materiais sobre a mesa
Projetos no Corredor do Lobito Recebem Investimento dos EUA © Joaquim Armando | Edições Novembro

Os Estados Unidos da América anunciaram um investimento superior a seis mil milhões de dólares para financiar diversos projetos de desenvolvimento ao longo do Corredor do Lobito, uma infraestrutura chave para o crescimento económico de Angola. A revelação foi feita na quarta-feira, no município de Longonjo, província do Huambo, por James Story, encarregado de negócios da missão diplomática dos EUA em Angola e São Tomé e Príncipe.


Durante a sua visita ao projeto Ozango Minerais, dedicado à exploração de Terras Raras, Story destacou que, na primeira fase do estudo de viabilidade da mina, já foram aplicados entre 3 e 4 mil milhões de dólares. O diplomata sublinhou que este valor poderá aumentar dependendo dos interesses e investimentos futuros, com especial enfoque nas parcerias entre os EUA, o governo angolano e outros países representados por embaixadores.


Parcerias Estratégicas para o Desenvolvimento do Projeto

James Story explicou que, na fase inicial do projeto, o principal foco será o investimento em equipamentos, com destaque para a maquinaria necessária para a exploração das minas. O objetivo é maximizar a rentabilidade dos minérios de Neodímio (Nd) e Praseodímio (Pr), que são extraídos nas Terras Raras do Longonjo. Segundo o diplomata, esta abordagem visa não só aumentar a produção de recursos valiosos para Angola, mas também impulsionar a prosperidade global.


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"É fundamental garantir que estes projetos avancem, pois isso poderá atrair ainda mais financiamentos, criando oportunidades de desenvolvimento para as comunidades e promovendo boas relações de cooperação entre os países envolvidos", afirmou Story.

Compromisso do Reino Unido e Expansão do Projeto

O embaixador do Reino Unido em Angola, Bharat Joshi, também manifestou o compromisso do seu país em mobilizar empresários britânicos para investirem no Corredor do Lobito e no projeto de exploração das Terras Raras. Além disso, o diplomata comprometeu-se a apoiar o desenvolvimento da refinaria, que está prevista para receber um investimento superior a 300 mil milhões de dólares, um valor que pode ser revisto com a expansão do projeto.


Joshi anunciou ainda que as obras de construção das infraestruturas para a mina e refinaria começarão em maio deste ano, com o objetivo de tornar a exploração dos minérios de Terras Raras uma realidade em 2027. O Reino Unido também manifestou interesse em colaborar no setor agrícola, visando otimizar o escoamento de produtos para a Plataforma Logística da Caála, o que dinamizaria ainda mais o Corredor do Lobito.


Impacto Local e Global

O governador da província do Huambo, Pereira Alfredo, realçou a importância do projeto, afirmando que a exploração das Terras Raras terá um impacto significativo tanto na economia local como internacional. Segundo Alfredo, o projeto não só reforça os laços de cooperação entre Angola e os países parceiros, mas também representa uma oportunidade de desenvolvimento sustentável.


"O Governo da província está pronto para apoiar todas as iniciativas necessárias para garantir o sucesso do projeto, pois a exploração das Terras Raras é crucial para o crescimento económico", afirmou o governador, destacando que a não exploração destes recursos significaria uma perda de oportunidades para o progresso económico.


Com o financiamento garantido e a colaboração internacional em andamento, o projeto de exploração das Terras Raras no Longonjo tem o potencial de transformar o Corredor do Lobito numa rota estratégica para o desenvolvimento de Angola e de toda a região.


M.S.


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