Quem será o novo Papa? Cardeais que podem suceder Francisco
- Monica Stahelin
- 25 de abr.
- 3 min de leitura
A morte do Papa Francisco iniciou o tradicional e secreto processo de eleição do seu sucessor, uma prática secular que verá o Colégio dos Cardeais reunir-se em conclave para escolher o próximo líder da Igreja Católica. Com 80% dos cardeais nomeados por Francisco, a decisão será influenciada pelo seu legado, mas ainda existem muitos fatores que poderão moldar o resultado, incluindo o novo foco global da Igreja.
À medida que os 1,4 mil milhões de católicos aguardam ansiosamente a escolha do novo Papa, aqui estão alguns dos principais nomes mencionados como possíveis sucessores do pontífice.
Pietro Parolin
Aos 70 anos, o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, é um dos principais favoritos. Tendo sido o conselheiro mais próximo de Papa Francisco, Parolin é visto como uma figura com vasta experiência diplomática e uma visão global. Alguns consideram que a sua abordagem favorece a diplomacia em vez da rigidez doutrinal, o que pode ser uma vantagem ou uma desvantagem, dependendo das prioridades dos cardeais. Embora seja amplamente considerado pelos bookmakers, a imprevisibilidade do conclave significa que não há garantias sobre a sua eleição.
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Luis Antonio Gokim Tagle
O Cardeal Luis Antonio Gokim Tagle, com 67 anos, é originário das Filipinas, um país com uma população católica significativa. O seu foco em questões sociais, a compaixão pelos migrantes e a vontade de reavaliar a postura da Igreja em questões como o divórcio e os direitos dos gays levaram-no a ser comparado com o Papa Francisco. A sua posição moderada poderia torná-lo uma figura unificadora, especialmente com o crescente número de cardeais provenientes da Ásia.
Fridolin Ambongo Besungu
Outro forte candidato proveniente de África é o Cardeal Fridolin Ambongo Besungu, Arcebispo de Kinshasa. Com 65 anos, ele tem sido um defensor fervoroso dos ensinamentos tradicionais da Igreja, mas também advoga pela pluralidade religiosa, o que o torna um candidato equilibrado. O crescimento da população católica em África poderia torná-lo uma escolha apelativa, e a sua postura sobre questões culturais e sociais pode ressoar com os conservadores.
Peter Kodwo Appiah Turkson
O Cardeal Turkson, com 76 anos, já foi considerado para o papado em ocasiões anteriores. Conhecido pela sua personalidade energética e pelas suas posições conservadoras, especialmente em questões como os direitos dos gays, também demonstrou compaixão por comunidades marginalizadas. A sua experiência como proeminente líder africano da Igreja, bem como a sua posição equilibrada sobre temas complexos, pode torná-lo um candidato atrativo.
Peter Erdo
O Cardeal Peter Erdo, de 72 anos, da Hungria, é visto como uma figura de compromisso. A sua profunda compreensão do catolicismo europeu e as suas relações com os cardeais africanos podem ajudá-lo a unir diferentes visões. Embora as suas opiniões conservadoras sobre questões familiares possam agradar a alguns, a sua postura moderada em outros temas poderá torná-lo uma figura mais aceitável em termos universais.
Outros nomes relevantes
Outros cardeais também são mencionados como possíveis candidatos, como Angelo Scola, um italiano cujo nome ressurgiu após a publicação de um livro sobre a velhice, e Reinhard Marx, um cardeal alemão com visões progressistas, particularmente sobre as questões LGBTQ+. Marc Ouellet, canadiano com 80 anos, poderá ser demasiado velho para participar no conclave, mas a sua vasta experiência dentro da Igreja torna-o uma figura importante. Robert Prevost, dos Estados Unidos, tem sido apontado como um reformista, mas a sua relativa juventude, com 69 anos, pode ser um impedimento.
Embora o conclave seja frequentemente imprevisível, a eleição do próximo Papa marcará sem dúvida um momento importante para o futuro da Igreja Católica. Seja o cardeal escolhido africano, asiático ou europeu, a decisão terá repercussões além das paredes da Capela Sistina, moldando o rumo da Igreja nos próximos anos.
M.S.
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