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Reino Unido e França negociam acordo de troca de migrantes “um por um”

Pessoas que se acredita serem migrantes atravessam o mar para embarcar em um pequeno barco que sai da praia de Gravelines, França, na tentativa de chegar ao Reino Unido.
Reino Unido e França negociam acordo de troca de migrantes “um por um” © PA Wire

Plano visa desmantelar redes de tráfico humano e poderá ser anunciado na próxima semana.


O Reino Unido e a França estão a negociar um acordo inovador para a remoção de migrantes, assente num sistema de troca “um por um”. Segundo informações avançadas pelo jornal The Times, a iniciativa prevê que, para cada indivíduo deportado do Reino Unido, seja aceite uma pessoa proveniente de França com direito legal a residir em território britânico.


O objetivo principal do acordo é travar o fluxo crescente de migrações irregulares através do Canal da Mancha, utilizadas por redes de tráfico humano que operam pequenas embarcações.


Projeto-piloto poderá arrancar em breve

A medida deverá iniciar-se com um projeto-piloto, destinado a demonstrar a viabilidade do modelo. Fontes governamentais citadas pelo The Times indicam que a intenção é “mostrar que quem paga para atravessar ilegalmente o Canal pode ser rapidamente reenviado para França”. A aplicação do acordo abrangerá, numa fase inicial, indivíduos com justificação legítima para reagrupamento familiar no Reino Unido.


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A proposta poderá ser oficialmente anunciada já na próxima semana, coincidindo com o primeiro aniversário de Sir Keir Starmer como primeiro-ministro britânico.


Este ano, o número de migrantes que chegaram ao Reino Unido em pequenas embarcações ultrapassou os 18.000 – um aumento de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. O recorde de chegadas foi registado em 2022, com um total de 45.774 pessoas.


Reforço das sanções contra redes de tráfico

Paralelamente às negociações com França, o governo britânico está a acelerar a implementação de sanções sem precedentes contra grupos criminosos envolvidos no tráfico de migrantes. As medidas, descritas como “as primeiras do mundo” neste âmbito, deverão entrar em vigor nos próximos meses, após aprovação no Parlamento.


A Agência Nacional contra o Crime (NCA, na sigla inglesa) já identificou suspeitos que poderão ser alvo de sanções, que incluirão proibições de viagem, congelamento de bens e a impossibilidade de exercer funções como diretores de empresas britânicas.


O executivo britânico reiterou que “nada está fora de hipótese” no combate ao crime organizado ligado à imigração clandestina.


M.S.


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