Secretário da Saúde Wes Streeting desafia Israel a “arrumar a sua própria casa”
- Beatriz S. Nascimento
- há 6 horas
- 2 min de leitura

O secretário da Saúde do Reino Unido, Wes Streeting, respondeu esta manhã à embaixada israelita no Reino Unido, que criticou os cânticos contra as Forças de Defesa de Israel (IDF) no festival de Glastonbury, dizendo que Israel devia antes “arrumar a sua própria casa” no que diz respeito à violência contra os palestinianos.
O festival Glastonbury ficou marcado por cânticos como “morte ao IDF” e “libertem a Palestina”, entoados durante a atuação do rapper Bob Vylan, que Streeting classificou como “chocantes e inaceitáveis”. O secretário da Saúde admitiu que a BBC e os organizadores do festival terão “questões a responder” relativamente à transmissão dessas imagens, embora reconheça não conhecer os desafios editoriais envolvidos na decisão de cortar ou não a emissão ao vivo.
Reacções divididas e investigação policial em curso
A embaixada de Israel no Reino Unido emitiu um comunicado em que manifesta profunda preocupação com “a retórica inflamatoria e odiosa expressa no palco do Glastonbury”. Em resposta, Streeting afirmou numa entrevista à Sky News Sunday Morning que a embaixada devia “levar mais a sério a violência dos seus próprios cidadãos contra os palestinianos” antes de criticar os cânticos no festival.
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A polícia de Avon e Somerset confirmou que está a analisar imagens do festival para determinar se houve algum crime, podendo abrir uma investigação formal caso sejam encontradas provas de infrações legais relacionadas com os cânticos.
Um apelo à humanidade e à ponderação no discurso público
Wes Streeting criticou duramente a polarização do conflito, lamentando que se tenha chegado a um ponto em que as pessoas são “convidadas a torcer por um lado ou outro como se fosse um jogo de futebol”. O secretário salientou que, independentemente da origem religiosa ou nacional, “todas as vidas são preciosas e sagradas”, condenando a violência contra civis em qualquer circunstância.
Além disso, Streeting recordou os recentes acontecimentos trágicos, como o sequestro, assassinato e violação de israelitas em festivais musicais, sublinhando que a violência afecta todas as comunidades envolvidas no conflito israelo-palestiniano.
Esta polémica surge num contexto internacional delicado, com tensões elevadas entre Israel e Palestina e com diversos eventos culturais e políticos a manifestarem apoio ou crítica a cada um dos lados, o que tem gerado debates intensos sobre liberdade de expressão, incitamento ao ódio e responsabilidade mediática.
B.N.
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