China ameaça retaliação após Trump anunciar tarifas de 50%
- Monica Stahelin
- 8 de abr.
- 3 min de leitura

A tensão comercial entre os Estados Unidos e a China aumentou significativamente, com a China prometendo medidas de retaliação diante da ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas adicionais de 50% sobre os produtos chineses. A resposta de Pequim foi rápida e firme, com o governo chinês afirmando que tomará contramedidas para proteger seus interesses e manter a ordem no comércio internacional.
Retaliação e ameaças mútuas
O Ministério do Comércio da China divulgou um comunicado na madrugada de terça-feira (8), destacando que as tarifas anunciadas pelos EUA são "infundadas" e representam uma prática de "intimidação unilateral". A China já havia implementado tarifas retaliatórias em resposta ao aumento de tarifas dos EUA e indicou que novas medidas poderão ser adotadas, se necessário.
A declaração do governo chinês foi clara: “A China nunca aceitará isso. Se os EUA insistirem em seguir por esse caminho, a China lutará até o fim”, afirmou o ministério, reforçando que as medidas são "completamente legítimas" e têm como objetivo proteger a soberania, a segurança e os interesses de crescimento do país. A ameaça de uma nova escalada nas tarifas foi classificada pela China como um erro, alertando para o risco de uma guerra comercial prolongada e prejudicial para ambas as partes.
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Ameaça de Trump e impacto nos mercados globais
A ameaça de Trump foi feita em uma publicação nas redes sociais na segunda-feira (7), onde o presidente dos EUA afirmou que, se a China não recuasse em sua recente imposição de tarifas de 34% sobre produtos americanos, o país imporia um aumento de 50% nas tarifas chinesas. Trump deu um prazo até o meio-dia de quarta-feira (8), hora de Washington, para que a China voltasse atrás. Caso contrário, as tarifas seriam elevadas, e as negociações com outros países sobre tarifas seriam encerradas.
A escalada na tensão comercial levou a uma forte queda nos mercados globais. Os índices asiáticos, em particular, sofreram grandes perdas. A bolsa de Hong Kong despencou 13,22%, enquanto o índice CSI 1000 da China caiu 11,39%. Na Europa, o índice Euro Stoxx 50 teve uma queda de 4,31%. Já os mercados norte-americanos também sentiram o impacto, com o Dow Jones caindo 0,91%, e o Nasdaq apresentando leve alta de 0,10%.
Mercados em alerta e negociações suspensas
Os mercados financeiros têm reagido de forma adversa ao agravamento das tensões comerciais, com investidores preocupados com os impactos de uma possível guerra comercial entre as duas maiores economias globais. Durante a manhã de segunda-feira, os mercados chegaram a experimentar uma leve recuperação após declarações de Kevin Hassett, assessor econômico da Casa Branca, que indicou a possibilidade de suspender as tarifas por 90 dias, com exceção da China. No entanto, a Casa Branca rapidamente negou essa possibilidade, e os índices retornaram a cair.
Este cenário de incerteza continua a preocupar os mercados globais, com investidores aguardando novos desenvolvimentos e decisões das duas potências comerciais. O futuro das negociações entre os EUA e a China permanece em suspenso, enquanto ambas as partes se preparam para um possível enfrentamento econômico de grandes proporções.
M.S.
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