Elon Musk anuncia saída do governo Trump após choque fiscal
- Monica Stahelin
- 29 de mai.
- 2 min de leitura
O empresário Elon Musk confirmou a sua saída do governo dos Estados Unidos, terminando o seu papel como Funcionário Especial do Governo, cargo que ocupava no recém-criado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
Musk, responsável pela iniciativa de redução dos gastos federais, manifestou gratidão ao presidente Donald Trump pela oportunidade, ressaltando que o objetivo do departamento “vai ganhar força com o passar do tempo”.
Nomeado no início do mandato de Trump, Musk esteve autorizado a trabalhar em funções públicas durante 130 dias por ano, limite que seria atingido no final de maio. De acordo com uma fonte da Casa Branca, a desvinculação do multimilionário teve início na noite de quarta-feira.
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Decepção com o projeto fiscal e impacto nos negócios
A decisão de Musk surge após uma clara divergência com Trump em relação ao controverso projeto de lei fiscal, peça central da agenda do presidente, que inclui isenções fiscais multitrilionárias e aumento do orçamento para a defesa. Numa entrevista à CBS News, Musk reconheceu sentir-se “desiludido” com o crescimento do défice federal previsto na proposta, acreditando que isso comprometeria o trabalho desenvolvido pelo DOGE.
O afastamento também ocorre num momento complicado para Musk, cuja presença no governo coincidiu com uma queda nos lucros da Tesla, empresa de veículos elétricos que lidera. Protestos contra os cortes orçamentais levaram a ataques a concessionárias Tesla, incluindo incêndios em alguns veículos. A empresa alertou investidores para a possibilidade de a crise financeira se prolongar, sem garantir previsões de crescimento.
Paralelamente, Musk tem redobrado esforços na SpaceX, especialmente após o recente fracasso do protótipo Starship, que explodiu sobre o Oceano Índico, adiando os seus planos de colonização de Marte. Na semana passada, o empresário anunciou que deixaria de investir na política, tendo já aplicado cerca de 250 milhões de dólares na campanha de Trump.
M.S.
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