Keir Starmer em Reunião Crucial com Trump e Zelensky
- Beatriz S. Nascimento
- 17 de ago.
- 3 min de leitura

Sir Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista britânico, confirmou a sua presença em uma reunião de alto nível em Washington com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. A cimeira, que terá lugar amanhã, promete ser um ponto de viragem nas negociações internacionais para resolver o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, que já dura há mais de dois anos.
O Objectivo da Reunião: Acordo de Paz para a Ucrânia
A reunião foi inicialmente convocada por Trump e Zelensky para discutir uma proposta de acordo de paz que poderia acabar com a guerra na Ucrânia. O presidente dos EUA anunciou ontem, em comunicado, que irá encontrar-se com Zelensky para negociar um entendimento que ponha fim ao conflito, oferecendo uma solução duradoura para a Ucrânia e para a comunidade internacional.
No entanto, a lista de convidados para a reunião foi expandida, com a inclusão de líderes de várias potências europeias, como o presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Friedrich Merz e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni. Sir Keir Starmer também foi convidado, com o governo britânico a confirmar a sua participação na cimeira. De acordo com um comunicado de Downing Street, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, reafirmou o compromisso do país com a Ucrânia, garantindo que o apoio continuará "pelo tempo que for necessário" para garantir a estabilidade e a soberania da nação ucraniana.
Trump e Putin: Divergências no Plano de Paz
Este encontro em Washington acontece pouco depois de uma reunião controversa entre Donald Trump e o presidente russo Vladimir Putin, realizada em Alasca, na última sexta-feira. A reunião, que foi considerada de alto risco, não contou com a presença de representantes ucranianos, o que gerou críticas por parte de Kiev e de alguns aliados europeus. Durante o encontro, Trump expressou o seu apoio a um plano de paz promovido pela Rússia, o qual envolve a divisão de território ucraniano, incluindo a entrega da maior parte da região do Donbas, onde a Rússia já controla cerca de 88% do território.
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A proposta de Trump gerou divisões, com muitos líderes europeus a criticarem a ideia de ceder territórios ucranianos à Rússia. Contudo, o ex-presidente norte-americano acredita que um acordo de paz rápido seria possível se Zelensky aceitasse entregar o Donbas, uma região estratégica, à Rússia. Trump tem defendido que um cessar-fogo não seria suficiente para garantir a paz duradoura e que um verdadeiro acordo de paz é a única forma de pôr fim à guerra.
A Visão de Trump para o Futuro
Em suas redes sociais, Trump reforçou que tanto ele, como a Ucrânia e a Europa, concordam que um acordo de paz, em vez de um simples cessar-fogo, é a única solução viável. O ex-presidente dos Estados Unidos afirmou que, caso a proposta seja aceite, um encontro com Putin poderá ser agendado, e que, se bem-sucedida, essa negociação poderá salvar "milhões de vidas". Ele também expressou o seu otimismo de que, com o apoio de líderes mundiais, um acordo de paz poderá ser alcançado rapidamente, resolvendo assim um dos conflitos mais longos e devastadores da Europa.
Enquanto isso, o governo ucraniano e os aliados europeus continuam a insistir em soluções que preservem a integridade territorial da Ucrânia e protejam a sua soberania, exigindo que qualquer acordo de paz respeite os princípios internacionais e os direitos do povo ucraniano. A posição de Trump e a sua proposta de paz continuam a gerar controvérsia, especialmente em relação à eventual cedência de territórios à Rússia.
Este encontro em Washington será decisivo não só para o futuro imediato da guerra na Ucrânia, mas também para as relações internacionais e para a definição do papel dos Estados Unidos e da Europa nas negociações de paz.
B.N.
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