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Mais de 200 trabalhadores da Maia & Borges sem salário em julho


Trabalhadores à porta da empresa
Mais de 200 trabalhadores da Maia & Borges sem salário em julho © Direitos reservados

Mais de 200 trabalhadores da Maia & Borges, empresa dedicada à produção de bonecos em PVC localizada em Nogueira, Maia, não receberam o salário referente ao mês de julho.


Na manhã desta segunda-feira, os funcionários foram surpreendidos ao encontrar a fábrica fechada a cadeado. A situação foi denunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras (SITE) do Norte, que revelou ainda que a maioria dos operários afetados são mulheres.


De acordo com o sindicato, os trabalhadores planeiam reunir-se às 8 horas desta terça-feira à porta da empresa para exigir o pagamento dos salários, que por vezes correspondem ao valor do salário mínimo, e para solicitar esclarecimentos acerca da situação financeira da fábrica. Fundada em 1976, a Maia & Borges é conhecida por produzir bonecos em PVC, incluindo os famosos estrunfes, personagens azuis criados pelo belga Peyo.


Empresa promete pagamento e novo investimento estrangeiro

Além da Maia & Borges, também a Nimaia, empresa do mesmo grupo que se dedica à injeção de plástico e borracha para a produção dos bonecos, enfrenta atrasos salariais, embora o número de trabalhadores afetados ainda não seja confirmado. O SITE Norte revelou que a administração enviou comunicados contraditórios nos últimos dias, indicando que o pagamento dos salários seria regularizado em poucos dias, mas que a fábrica estaria fechada até essa resolução.


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Contactada pelo jornal, a administração do grupo assegurou que os salários serão pagos durante a manhã de terça-feira e que as funcionárias serão informadas ainda hoje. Sobre os subsídios de férias, que segundo o sindicato não terão sido integralmente pagos, a empresa afirmou que estes valores já foram regularizados. A administração salientou que esta é a primeira vez que os salários estão atrasados por um período de 20 dias.


O sindicato estranha a situação, dado que tanto os trabalhadores da Maia & Borges como os da Nimaia referem não terem “mãos a medir” para a carga de trabalho, com ritmos produtivos intensos que, na sua opinião, deveriam garantir rentabilidade suficiente para cumprir as obrigações salariais. A empresa, que é atualmente 100% exportadora, revelou ainda ter um novo acionista estrangeiro, que trará novos produtos e serviços, visando o desenvolvimento e crescimento da fábrica.


M.S.


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