Supercarro português: fábrica em Matosinhos cria 100 empregos
- Beatriz S. Nascimento
- há 7 horas
- 2 min de leitura

A produção do Adamastor Fúria, o superdesportivo português lançado no ano passado, está prestes a arrancar. A empresa prepara-se para transformar o seu laboratório de desenvolvimento, situado em Perafita, Matosinhos, numa verdadeira fábrica, com início previsto para setembro deste ano. Até ao final de 2026, a Adamastor prevê contratar cerca de 100 novos trabalhadores, elevando o total de colaboradores para aproximadamente 130.
Este crescimento significativo surge num momento de forte procura pelo modelo, que já conta com oito unidades vendidas, ao preço de 1,6 milhões de euros cada, e outras 12 reservadas. A empresa pretende alcançar uma produção anual de 20 carros, focando-se num mercado de luxo e colecionadores, com automóveis que combinam performance avançada e design sofisticado.
Desenvolvimento tecnológico e inovação em Matosinhos
Desde a apresentação oficial do Fúria, a equipa da Adamastor tem trabalhado intensamente no desenvolvimento do veículo, realizando testes dinâmicos e de validação que ultrapassam as expectativas iniciais. Frederico Ribeiro, diretor de Engenharia, destaca os avanços obtidos na potência do motor, aceleração e velocidade máxima, resultado de optimizações constantes no arrefecimento, redução de peso e outros detalhes técnicos que os clientes mais exigentes valorizam.
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O supercarro é fabricado com recurso a fibra de carbono, cujo revestimento é produzido em Matosinhos. A Adamastor utiliza os mesmos materiais e processos tecnológicos das equipas de Fórmula 1, o que permite competir com as melhores marcas internacionais. “Queremos ombrear com os melhores do mercado e, para isso, temos de utilizar as mesmas tecnologias”, afirma o sócio da empresa.
Expansão e futuro da Adamastor
Ricardo Quintas, CEO da Adamastor, realça o balanço positivo alcançado até ao momento e confirma que a marca não pretende ficar-se pelo Fúria. Fundada em 2010, a Adamastor nasceu com o propósito de ser um centro tecnológico de referência, juntando o mundo empresarial e académico, e já está a trabalhar em novos modelos que pretende lançar nos próximos dois anos.
Com um espaço de seis mil metros quadrados, a atual unidade, onde trabalham 18 profissionais, vai ser adaptada para dar resposta à produção em série do supercarro, consolidando Matosinhos como polo de inovação automóvel em Portugal. A aposta ambiciosa da Adamastor contribui também para dinamizar o tecido económico local e criar emprego qualificado.
B.N.
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