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Trump afasta-se de Musk e aliados admitem queda de influência do bilionário

Elon Musk
Trump afasta-se de Musk e aliados admitem queda de influência do bilionário © Stefani Reynolds/Getty Images

Depois de meses como figura central na administração, Elon Musk deixa de ser mencionado por Donald Trump e pela Casa Branca. Apoio interno desvanece-se.


O presidente norte-americano, Donald Trump, deixou de fazer referências a Elon Musk na sua plataforma Truth Social, indicando um evidente afastamento do empresário sul-africano, que recentemente ocupava uma posição de destaque no governo como responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).


De acordo com uma análise divulgada pela Politico, Trump mencionava Elon Musk cerca de quatro vezes por semana entre fevereiro e março, mas deixou de o fazer a partir do início de abril. Da mesma forma, Musk também deixou de citar ou elogiar o ex-presidente nas suas publicações na rede X (anteriormente conhecida como Twitter).


Figura controversa perde protagonismo político

Musk, que entrou na administração como "funcionário especial do governo" por um período de 130 dias, liderou um processo agressivo de cortes orçamentais e encerramento de departamentos federais. No entanto, o impacto público da sua atuação foi negativo. De acordo com sondagens recentes, a sua popularidade caiu significativamente, especialmente após o embaraçoso envolvimento na corrida judicial para o Supremo Tribunal do Wisconsin.


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Um estratega republicano, sob anonimato, foi direto: “Ele está acabado. As sondagens são péssimas. As pessoas detestam-no.” Segundo a mesma fonte, as tentativas de Musk de se aproximar do eleitorado com ações caricatas — como usar um chapéu de queijo no Wisconsin — caíram mal junto da população.


Prioridades empresariais e recuo estratégico

A saída progressiva de Musk da cena política coincidiu com os maus resultados financeiros da Tesla. O próprio reconheceu que os primeiros 100 dias no cargo foram intensos e que chegou a passar semanas inteiras em Washington. Contudo, admitiu que, a partir de agora, o tempo dedicado à política será muito mais limitado, devido à necessidade de focar-se nos seus negócios.


Apesar de continuar a ser defendido por alguns republicanos, como o senador Jim Justice, que o considera um “patriota”, mesmo estes reconhecem que foi ultrapassado o limite: “Fomos longe demais. Agora, estamos a ajustar.”


Internamente, a Casa Branca também mudou de postura. Deixou de usar o nome de Musk em comunicações oficiais e em campanhas de angariação de fundos, onde era frequentemente mencionado até Março. Desde então, só foi citado uma vez, numa mensagem que promovia um boné que usou com a inscrição “Gulf of America”.


Democratas atentos ao impacto e preparam nova estratégia

Para os democratas, Musk serviu como símbolo das prioridades erradas dos republicanos. Viet Shelton, porta-voz do Comité Democrata de Campanha para o Congresso, declarou que os eleitores devem ser lembrados de que “os republicanos não trabalham para o povo americano, mas sim para os bilionários”. Já Lori Trahan, representante do Massachusetts e co-presidente da comissão de mensagens democrata, afirmou que, enquanto Musk continuar a cortar programas sociais, será um alvo político.


Contudo, Trahan também reconheceu que, com o afastamento progressivo de Musk, os democratas terão de “ajustar” a sua estratégia de comunicação com vista às eleições intercalares.


M.S.


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