Trump retira acesso a informações confidenciais de rivais
- Beatriz S. Nascimento
- 23 de mar.
- 3 min de leitura

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tomou uma medida drástica ao revogar as autorizações de segurança que garantiam o acesso a informações confidenciais para diversos adversários políticos, incluindo o ex-presidente Joe Biden, a ex-vice-presidente Kamala Harris, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton e outras figuras públicas. A decisão foi anunciada no último sábado, 22 de março de 2025, através de um comunicado oficial, que também inclui uma série de ex-funcionários do governo e antigos aliados de Biden.
Medida Afeta Diversas Figuras Políticas e Ex-Funcionários de Alto Escalão
A medida, que afetou ao todo 15 pessoas, revoga o acesso dessas figuras políticas a informações sensíveis relacionadas à segurança nacional e à inteligência do país. Entre os nomes impactados pela decisão, além de Biden, Harris e Clinton, estão a ex-representante republicana Elizabeth Cheney, o ex-conselheiro de segurança nacional de Biden, Jacob Sullivan, e Fiona Hill, ex-vice-assistente do presidente dos Estados Unidos. Mark Zaid, advogado especializado em segurança nacional, e Adam Kinzinger, ex-membro do Congresso dos EUA, também estão na lista de indivíduos que perderam as autorizações de segurança.
Em seu comunicado, Trump detalhou que a medida se aplicava a todos os departamentos executivos e chefes de agências do governo, que devem tomar as ações necessárias para revogar imediatamente qualquer autorização de segurança ativa mantida por essas pessoas.
"Por meio deste, ordeno que cada departamento executivo e chefe de agência tome todas as medidas adicionais necessárias e consistentes com a lei existente para revogar quaisquer autorizações de segurança ativas mantidas pelos indivíduos acima mencionados e rescindir imediatamente seu acesso a informações confidenciais", afirmou Trump na nota.
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Quebra de Protocolo Tradicional e Controvérsias Políticas
Além disso, o presidente determinou que os indivíduos afetados não terão permissão para acessar, de forma desacompanhada, as instalações seguras do governo dos Estados Unidos. Esta medida, que visa restringir o acesso a informações sensíveis, vem em um momento de crescente tensão política, com Trump buscando limitar o poder de seus adversários, especialmente aqueles ligados ao governo de Biden.
A decisão de Trump vai contra a prática tradicional nos Estados Unidos, na qual ex-presidentes, ex-vice-presidentes e outros funcionários de alto escalão continuam com acesso a informações de segurança nacional, mesmo após deixarem seus cargos. Esta prática visa assegurar a continuidade administrativa e permitir que essas figuras políticas possam oferecer conselhos informados ao governo, caso necessário. Contudo, com essa revogação, Trump estabelece uma ruptura com esse protocolo, alegando que as medidas são necessárias para proteger a segurança do país.
O movimento tem gerado controvérsia, com críticos acusando Trump de politizar o acesso a informações de segurança e de utilizar o poder executivo para enfraquecer a oposição. Por outro lado, os aliados do presidente defendem a decisão como uma forma de proteger a integridade do governo e garantir que informações sensíveis não sejam compartilhadas com figuras políticas que possam ter interesses conflitantes.
Com essa medida, Trump reitera sua postura agressiva contra seus adversários políticos, ao mesmo tempo em que reforça sua intenção de manter o controle sobre a agenda política e a segurança nacional. A resposta de Biden e de outros afetados pela revogação de suas autorizações de segurança ainda está por vir, mas espera-se que a decisão gere novas disputas no cenário político dos Estados Unidos.
B.N.
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