Zelensky Recusa Desculpas a Trump Após Tenso Confronto
- Beatriz S. Nascimento
- 1 de mar.
- 2 min de leitura
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou que não pedirá desculpas a Donald Trump após o tenso confronto entre os dois na Casa Branca, na sexta-feira, 28 de fevereiro. Em entrevista à Fox News, Zelensky explicou que, embora respeite Trump e o povo americano, não considera ter cometido erro algum ao expor suas opiniões sobre a guerra na Ucrânia. O líder ucraniano afirmou que há temas que exigem ser debatidos com franqueza e honestidade, lamentando o ocorrido, mas destacando que a situação não foi positiva para nenhuma das partes envolvidas.
Zelensky exige garantias dos EUA para fechar acordo
Durante o encontro, Zelensky e Trump discutiram um possível acordo que permitiria aos Estados Unidos explorar minerais e outros recursos naturais na Ucrânia. Este tratado é considerado essencial para garantir a continuidade do apoio militar e financeiro dos EUA ao governo ucraniano. Contudo, Zelensky também cobrou garantias concretas dos norte-americanos para assegurar a viabilidade do pacto, destacando que, sem apoio substancial, a Ucrânia não possui recursos suficientes para enfrentar sozinha as forças russas.
O presidente ucraniano enfatizou que a paz na região só será possível se Kiev se encontrar em uma posição de força. A negociação com a Rússia, segundo Zelensky, precisa ocorrer em termos favoráveis à Ucrânia, e ele expressou esperança de que as relações com Trump possam ser restabelecidas, apesar do conflito recente. "Queremos muito manter relações fortes com os Estados Unidos, e nós as teremos", disse Zelensky, agradecendo ao povo americano pelo apoio contínuo.
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Tensão e desentendimentos entre Trump e Zelensky
Após o incidente, fontes próximas ao governo Trump indicaram que o ex-presidente está considerando suspender o envio de ajuda militar à Ucrânia. Uma autoridade da Casa Branca revelou à agência Reuters que Trump não está disposto a renegociar o acordo sobre os minérios ucranianos neste momento.
O tenso episódio ocorreu durante uma reunião transmitida ao vivo, quando Trump pressionou Zelensky a aceitar um acordo para encerrar a guerra na Ucrânia, que já dura desde 2022, após a invasão russa. Durante o encontro, Zelensky expressou desconfiança em relação à disposição de Vladimir Putin para encerrar o conflito, chamando-o de "assassino" e criticando a falta de ação das potências ocidentais para deter a Rússia antes de 2022.
A declaração de Zelensky provocou uma intervenção do vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, que considerou desrespeitoso o modo como o presidente ucraniano abordou o tema diante da mídia americana. Em resposta, Trump aumentou o tom da conversa, afirmando: "Você está apostando com a vida de milhões de pessoas e com a Terceira Guerra Mundial. O que você está fazendo é muito desrespeitoso com este país, que o apoiou muito mais do que muitos disseram que deveria."
Após o encontro, Trump publicou em sua rede social, TruthSocial, que Zelensky desrespeitou os Estados Unidos no Salão Oval e só poderá retornar quando estiver "pronto para a paz".
B.N.
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